Laticínios: rotulagem de origem desaconselhada pela Comissão Europeia

A indicação de origem na rotulagem dos laticínios seria dispendioso e pouco processado pelo consumidor, segundo uma informação realizada pela equipa liderada pelo Comissário Europeu da Agricultura.

Segundo o relatório divulgado esta semana, a rotulagem de origem seria muito dispendiosa para a indústria que teria de mudar o seu sistema de rastreabilidade quando usava leite de diferentes origens.

A Associação Europeia de Indústrias Lácteas (EDA) afirmou, entretanto, que este tipo de rotulagem resultaria em maiores custos para a indústria pelo que, em consequência, o consumidor vai pagar mais e o pecuário cobrar menos.

De caráter geral, os rótulos na origem geralmente beneficiam os produtores dos países deficitários, já que a produção destina-se, quase na sua totalidade, ao mercado interno.

Pelo contrário, muitas vezes prejudicam os países que são grandes produtores e que destinam uma parte desta produção à exportação.

A rotulagem de origem promove, sobretudo, o consumo da produção interna, aspetos recolhidos pela informação que segue mais a linha de não aplicar este sistema com caráter obrigatório.

A indústria europeia está totalmente contra este tipo de rotulagem, a qual classifica como protecionista, em direção à proteção dos interesses nacionais e de prejudicar o comércio, considerando que o sistema obrigatório pode indicar apenas o país procedente do leite ou, simplesmente, origem, como por exemplo, União Europeia/não União Europeia.

Nas carnes, a rotulagem de origem já é aplicada para as de bovino, porco, aves, ovino e caprino.

A Comissão Europeia realizou esta informação como resposta à obrigação incluída no Regulamento de Informação Alimentar (regulamento nº1169/2011), que requer que a Comissão avalie a possibilidade de introduzir um rótulo obrigatório de origem para o leite de consumo e leite usado como ingrediente nos laticínios.

Fonte: Agrodigital

 

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