Já é conhecido o parecer europeu sobre as políticas climáticas na agricultura

seca

Foi publicado a 4 de setembro de 2015 no jornal oficial da União Europeia (UE), o parecer do Comité Económico e Social Europeu (CESE) sobre as «Implicações das políticas de clima e de energia nos setores agrícola e silvícola».

Nas conclusões e recomendações do documento, o CESE frisa que «as alterações climáticas constituem um desafio mundial».

«Ao decidir sobre o contributo da UE para o acordo mundial sobre o clima, a UE e os Estados-membros devem ter em conta as diferenças entre as políticas levadas a cabo em todo o mundo e considerar os impactos das alterações climáticas e as possibilidades da sua atenuação. As políticas da UE devem responder ao desafio da salvaguarda da segurança alimentar, apesar da crescente procura, mantendo simultaneamente a competitividade dos setores da agricultura e da silvicultura da União e reforçando a atratividade dos produtores locais da UE, sem impor encargos desnecessários aos agricultores e proprietários florestais. A UE deve dar o exemplo no domínio da agricultura sustentável do ponto de vista económico, social e ambiental. O quadro político da UE deve ser coerente e consistente», lê-se no documento.

Além disso, sublinha-se a necessidade de «ter em conta o contexto global, a fim de evitar a deslocalização para outras partes do mundo das capacidades de produção com utilização intensiva de energia e níveis elevados de emissões, que poderia mesmo conduzir a um aumento das emissões totais a nível mundial, diminuindo simultaneamente a competitividade dos setores agrícola e silvícola europeus».

«A decisão de integrar a utilização dos solos, reafetação dos solos e silvicultura (Lulucf) no quadro político pós-2020 gera um elevado grau de incerteza para o setor agrícola e, em alguns casos, silvícola. Ainda não é claro se esta integração conduzirá a um efeito de sumidouro de carbono ou a um aumento das emissões em várias regiões. Qualquer decisão deve basear-se em dados científicos e deve ser tomada após uma adequada avaliação de impacto das diferentes opções a nível dos Estados-membros», sublinha o documento.

O CESE solicita que «se preveja flexibilidade aquando da tomada de decisões sobre os objetivos de redução das emissões de GEE após 2020 nos setores agrícola e silvícola, sobretudo nos Estados-membros que têm atualmente pegadas de carbono significativamente inferiores na agricultura ou na silvicultura».

Saiba mais sobre o Parecer do CESE.

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