Indústria agroalimentar espera retoma da reforma do IRC

O presidente da Federação Portuguesa das Indústrias Agroalimentares (FIPA), Jorge Henriques, disse à Lusa esperar que o Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) retome a aplicação da reforma do IRC e não onere fiscalmente o setor.

«Esperamos que o Orçamento do Estado confirme aquilo que temos vindo a dizer do ponto de vista fiscal em termos de IRC [Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas]: que venha a ser aplicada a retoma da reforma», afirmou Jorge Henriques, considerando tal «desejável para a competitividade da economia» portuguesa.

Além disso, a FIPA espera que «não sejam incrementados mais impostos sobre as bebidas», por considerar que os que existem - o Orçamento do Estado de 2017 introduziu uma taxa sobre as bebidas açucaradas - estão «na linha do suportável para uma economia competitiva».

De acordo com o responsável, nos encontros que a FIPA manteve com as secretarias de Estado da Saúde e dos Assuntos Fiscais foi «garantido» que não iria haver novo imposto sobre o consumo.

«Espero que as bebidas refrescantes que não têm açúcar fiquem isentas ou tenham uma redução» da dita taxa, acrescentou Jorge Henriques.

«Estamos confiantes de que o Governo vai cumprir a palavra dada», já que a indústria defende «a autorregulação», salientou.

«Acreditamos na autorregulação, a indústria tem disponibilizado um conjunto de produtos que hoje permite ao consumidor dispor de uma variedade de produtos adaptados à sua necessidade», exemplificou.

O presidente da FIPA defende mais educação, por parte das escolas e das famílias, sobre o impacto do consumo do açúcar ou sal, mas salientou que a indústria «se tem disponibilizado» para ajudar nesta matéria.

Jorge Henriques defendeu ainda «previsibilidade fiscal» para o setor, de modo a que as empresas possam aumentar a sua competitividade e reforçar a sua aposta nas exportações.

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