Guiné-Bissau quer aumentar exportação de castanha de caju

O Governo da Guiné-Bissau pretende aumentar a exportação de castanha de caju de 150 para 200 mil toneladas na campanha anual de comercialização que vai ser aberta a 18 de abril, anunciou o ministro do Comércio, Serifo Embaló.

Bissau vai apostar em mais mercados, como o Vietname e a China (para além do principal comprador de caju que é a Índia), e deverá colocar no terreno medidas acrescidas de repressão de contrabando, referiu o governante.

O ministro do Comércio admitiu ter havido «muito contrabando» na campanha de 2014 através de «circuitos paralelos» para o Senegal, referiu Serifo Embaló numa intervenção, em março, no parlamento guineense.

Qualquer operador que seja apanhado este ano em exportação ilegal verá confiscado, a favor do Estado, o camião, a mercadoria e ainda terá que pagar uma multa, adiantou o ministro.

Os serviços de segurança do Estado e a Guarda Nacional serão chamados a vigiar a fronteira durante a campanha, que decorrerá de abril a setembro, acrescentou.

A cerimónia oficial de abertura da época de comercialização e exportação da castanha de caju, promovida pelo Ministério do Comércio e Artesanato, está marcada para sábado de manhã, em São Domingos (norte da Guiné-Bissau).

Entre outras medidas para a campanha deste ano, Serifo Embaló anunciou que o Governo vai abrir quatro locais de pesagem em Bissau, para evitar filas de camiões na baixa da capital junto ao porto comercial - até agora havia uma única báscula para pesar toda a castanha que era exportada.

Também a partir deste ano passa a ser obrigatório que o exportador apresente ao Governo o seu boletim de exportação antes de o produto entrar num navio.

Só será dada licença para exportar ao operador que tiver um contrato de venda ao comprador estrangeiro de pelo menos 1.100 dólares por tonelada.

«Este ano o Governo vai emitir certificados de qualidade do nosso caju antes de sair do porto», afirmou ainda o ministro do Comércio.

Serifo Embaló refere que o Executivo vai exigir «boas práticas» a todos os intervenientes na cadeia, desde o produtor ao exportador, e para ajudar na obtenção de documentação e informação vai ser aberto um local de atendimento em Bissau.

Fonte: Lusa

 

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