Governo prevê concluir Plano Nacional de Regadio em quatro meses

O Plano Nacional de Regadios, que vai permitir avançar com a reabilitação e a criação de novas zonas de rega, deve estar concluído dentro de quatro meses, anunciou o secretário de Estado das Florestas, Amândio Torres.

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O programa do Governo «prevê a área de regadio, a reabilitação e modernização dos perímetros de rega degradados e a criação de novas áreas com potencial de ligação», afirmou o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, estimando que o Plano esteja concluído «dentro de três a quatro meses».

O governante explicou que o plano pretende «identificar todas as necessidades que existem em termos de obra, ao nível do regadio, e estabelecer um conjunto de prioridades, quer em termos de novos regadios, quer «de obras que estejam construídas e que precisem de renovação e melhorias».

A definição das prioridades será feita, segundo o governante, «de acordo com um levantamento que está a ser ultimado», com base em dados recolhidos pelas direções regionais de agricultura do país.

O anúncio foi feito em Óbidos, onde Amândio Torres presidiu ao auto de consignação da rede de rega das baixas de Óbidos, obra integrada num projeto de aproveitamento hidroagrícola reivindicado há 40 anos e que orçará, no total em 40,1 milhões de euros.

A construção de redes viárias e de uma barragem, concluída em 2005, absorveu já 14 milhões de euros, mas, apesar de concluída, a barragem não teve aproveitamento nos últimos dez anos, por faltar concluir a rede de rega, que irá permitir irrigar 1.200 hectares de terrenos e servir quase mil agricultores dos concelhos de Óbidos e Bombarral.

«Uma obra pública há muito tempo, e justificadamente, almejada pelos agricultores», lembrou o secretário de Estado, considerando que a rede de rega «irá permitir dar um novo fôlego à iniciativa privada e contribuir para a afirmação cada vez maior da agricultura desta região».

Para Amândio Torres é «este tipo de investimentos que faz a diferença e que, bem utilizado pelos empresários agrícolas, irá contribuir para alavancar o setor agrícola como uma das áreas de atividade que pode contribuir positivamente para a balança comercial do país» e o «necessário equilíbrio entre as importações e as exportações».

Um aspecto sublinhado também pelo presidente da Câmara de Óbidos, Humberto Marques, para quem a rede de rega «vai permitir duplicar, ou mesmo triplicar, as culturas, sobretudo hortícolas, na região».

Um acréscimo que permitirá desenvolver economicamente a região, onde, segundo o presidente da Associação de Regantes, «só 60% da área cultivada já é irrigada», representando um contributo de «dois por cento para o Produto Interno Bruto (PIB)».

A cumprirem-se os prazos para a conclusão dos três blocos de rega incluídos no projeto, Óbidos, Amoreira e Bombarral, a expectativa do agricultor é que, dentro de ano e meio «possamos ter a rede de rega a funcionar» e, «duplicar a nossa contribuição para o PIB», disse Filipe Daniel.

A obra hoje consignada é referente à primeira fase da rede de rega e contemplará a construção de uma estação elevatória orçada em 4,6 milhões de euros.

Na segunda fase serão construídas uma rede de rega com 45.800 metros e uma rede de drenagem com 49.500 metros, totalizando a obra, no conjunto cerca de 28 milhões de euros.

Fonte: Lusa

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