Glúten: Universidade do Minho realiza estudo nacional

gluten

A Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho (UMinho) está a fazer o primeiro estudo sobre a prevalência de doença celíaca em Portugal.

A colheita já iniciou em escolas de Portugal continental e ilhas, junto dos adolescentes e pais. Os resultados chegam em meados deste ano.

A coordenação é da professora Henedina Antunes, com o apoio de Nuno Saldanha, finalista do mestrado integrado em Medicina da UMinho.

A iniciativa é aprovada pela Direção-Geral de Saúde, pela Comissão Nacional de Proteção de Dados e pelas comissões de ética. Tem o apoio da Associação Portuguesa de Celíacos e das sociedades portuguesas de Pediatria e de Gastroenterologia Pediátrica.

Estima-se que haja 70 a 100 mil casos, isto é, um a três por cento da população portuguesa. Só existem 10 mil casos diagnosticados, logo muitos desconhecem ter a doença e requer-se ações de sensibilização.

O único estudo de prevalência até agora foi na região de Braga, por Henedina Antunes, com um caso para 134 habitantes. O valor segue a média europeia, de um para 100 a 200 habitantes.

Recorde-se que a doença celíaca não tem cura e deve-se à intolerância alimentar ao glúten, provocando inflamação no intestino delgado.

Estima-se que em Portugal, só entre 1 e 3% da população sofrerá de doença celíaca, que ocorre como reação ao consumo do glúten.

O glúten, uma das proteínas mais consumidas no mundo, é criado quando duas moléculas, a glutenina e a gliadina, entram em contacto e formam uma ligação.

​A ingestão de alimentos com estes cereais não é aconselhável às pessoas que têm intolerância ao glúten, como os doentes celíacos, pois não conseguem digerir bem esta proteína e, por isso, quando consomem alimentos com glúten ficam com sintomas como diarreia, dor e inchaço abdominal.  

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