Foram criadas mais de 25 mil empresas no primeiro semestre deste ano

Nos primeiros 6 meses de 2022, nasceram em Portugal 25.355 novas empresas, mais 19% que no mesmo período em 2021, o que traduz uma aceleração neste indicador após a forte queda verificada em 2020, fruto da pandemia, informa a D&B. Setores do Retalho e da Agricultura e outros recursos naturais são os únicos setores com descidas no nascimento de empresas face a 2021.

Nos últimos 9 meses, desde outubro de 2021, o ciclo de crescimento apenas foi interrompido em abril deste ano. A criação de empresas no primeiro semestre está muito próximo de atingir os valores do mesmo período em 2019, antes da pandemia.

O setor dos Transportes e, em termos de regiões, a Área Metropolitana de Lisboa concentram uma percentagem significativa do crescimento na constituição de empresas.

Os Transportes foram o setor que mais contribuíram para o crescimento das constituições no 1º semestre, com 999 novas empresas, que correspondem a um aumento de 120%. Igualmente em destaque estão os Serviços gerais (+889 constituições, +33%), os Serviços empresariais (+644 constituições, +17%); Alojamento e Restauração (+542 constituições, +29%), e Atividades Imobiliárias (+506 constituições, +22%).

Retalho (-13%) e Agricultura e outros recursos naturais (-1,9%) são os únicos setores com descidas no nascimento de empresas face a 2021.No Retalho, o recuo é transversal a todos os subestores, com especial destaque para o Retalho de Têxtil e Moda, Generalista e Outros. Apenas o Retalho Automóvel regista maior número de novas empresas nos primeiros 6 meses de 2022 face ao período homólogo.

Quando comparado com o período anterior à pandemia, a criação de empresas mantém-se abaixo na maioria dos setores, com a exceção das Tecnologias de informação e comunicação (+27%), das Atividades imobiliárias (+20%) e da Agricultura e outros recursos naturais (+0,6%). Os Serviços empresariais, que é o setor com maior número de novas empresas em termos absolutos, já está muito perto dos valores de 2019 (-1,1%).

A aceleração na criação de empresas é transversal a quase todas as regiões e distritos, com destaque para a Área Metropolitana de Lisboa (+2 495 constituições, +33%), com o contributo muito significativo do subsetor do transporte individual de passageiros.

Bragança, Horta e Viana do Castelo são os únicos distritos abaixo de 2021, mas com diferenças pouco significativas.

Encerramentos e Insolvências mantêm descida

No primeiro semestre de 2022 encerraram 5 915 empresas, menos 2,6% que no período homólogo, que corresponde a menos 158 encerramentos, com a maioria dos setores a registar valores inferiores a 2021. Com mais encerramentos surgem apenas os setores do Retalho (+71 encerramentos, +8,1%), das Indústrias (+25 encerramentos, +4,5%) e Atividades imobiliárias (+9 encerramentos, +2,3%)

No mesmo período 845 empresas iniciaram um processo de insolvência, valor que representa uma descida de 19% face a 2021 (menos 201 novos processos). Indústrias, Alojamento e restauração e Retalho são os setores com maior número de insolvências, mas são também aqueles em que este indicador mostra uma maior queda face ao período homólogo.

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