Fábrica em Ourique ampliada para aumentar transformação de carne de porco preto

A fábrica Montaraz, que transforma carne de porco preto no concelho alentejano de Ourique, ampliou pela segunda vez as instalações para aumentar a capacidade de transformação de porcos e produção de presuntos e paletas.

Porcos Pretos

A ampliação das instalações, a segunda feita pela empresa e que corresponde à terceira fase do projeto, permitiu «criar as condições necessárias» para a fábrica passar a transformar «cerca de 8 000 porcos pretos por ano», disse à agência Lusa Rui Fialho, sócio-gerente da Montaraz, situada na aldeia de Garvão, no concelho de Ourique (Beja).

Segundo Rui Fialho, o investimento permitiu também «dotar a Montaraz de maior capacidade de produção e cura de presuntos e paletas de porco preto», o que era necessário, já que o processo de cura natural prolongado destes produtos, que é de 18 meses no mínimo, «requer mais e maiores espaços de cura natural».

Por outro lado, indicou o responsável da empresa, através da ampliação, que permitiu aumentar a área total da fábrica de 1 600 para 5 000 metros quadrados, a Montaraz, «indo ao encontro das novas tendências de consumo de charcutaria", instalou "uma nova sala de fatiagem e embalagem de enchidos e presuntos».

O aumento da unidade fabril possibilitou a criação de «mais 10 postos de trabalho», disse Rui Fialho, referindo que, atualmente, «a equipa da Montaraz é composta por 70 colaboradores». Rui Fialho escusou-se a revelar o investimento feito na obra de ampliação, que é inaugurada hoje, 14 de fevereiro, a partir das 15:00, pela ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, referindo apenas que «não teve apoio de fundos comunitários» e foi financiada por um dos parceiros da empresa.

Segundo Rui Fialho, a fábrica transforma, durante todo o ano e «numa cadência regular», porcos pretos criados no campo e, sazonalmente, porcos de raça Alentejana, que são criados no montado e alimentados com bolota. A partir dos porcos pretos criados no campo, a fábrica produz e comercializa presuntos, paletas e enchidos, e também carne fresca, no mercado nacional, e ultracongelada, para exportação.

O porco de raça Alentejana, também conhecido como porco alentejano, tem «um carácter mais sazonal» e os abates ocorrem nos meses de janeiro e fevereiro, quando os animais «alcançam a melhor condição após a fase de engorda com bolota», explicou.

A partir da carne desta raça suína, a empresa produz, sobretudo, presuntos e paletas com a Indicação Geográfica Protegida (IGP) Santana da Serra.

Atualmente, cerca de 95% da produção é comercializada nas «principais insígnias da distribuição moderna» em Portugal e os restantes 5% são exportados, sobretudo para Alemanha, França, Reino Unido, Angola, Brasil, China continental e os territórios chineses de Macau e Hong Kong.

FONTE: Lusa

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