Estudo mostra impacto dos acordos comerciais nas culturas mediterrânicas

Um novo estudo da União Europeia publicado em Bruxelas pela Comissão Europeia confirma o impacto negativo que podem ter os próximos acordos comerciais nos setores das carne e bovino e ovino, no arroz e na avicultura. Contudo o impacto é mais favorável no setor do leite, declararam os presidentes do COPA e da COGECA.

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No entanto, alertam para o facto do estudo não fazer uma avaliação global, tendo em conta que não incluiu as produções chave mediterrânicas, como o vinho, azeite ou as frutas e hortícolas, nem examinou os efeitos das barreiras alfandegárias no comércio.

O presidente da COGECA (Confederação Geral das Cooperativas Agrícolas da União Europeia), Thomas Magnusson, pediu que se seja feita uma análise à situação dos principais produtos mediterrânicos, como o vinho, azeite e frutas e hortícolas.

«Pensamos que estes produtos mediterrâneos podem receber melhor tratamento nas futuras relações com a zona Euromed».

Para além disso, a informação não examino as repercussões no comércio das barreiras não tarifárias. Por exemplo, nas negociações comerciais com os Estados Unidos, o presidente da COGECA afirmou que poderia haver importantes vantagens com a eliminação das tarifas e da burocracia, dando como exemplo o facto de os produtores europeus de leite terem grandes obstáculos para tentar comercializar laticínios de grau A nos Estados Unidos.

Consideram ainda que as missões comerciais organizadas pelo comissário europeu da Agricultura, Phil Hogan, são muito estratégicas a este respeito e aumentam o potencial comercial, «pelo que já se começa a colher os frutos destas missões», disse Magnusson.

Resumindo, o responsável destacou a necessidade para uma Política Agrícola Comum (PAC) facilitada, estável e inovadora para o futuro e que funcione bem para os agricultores, para que a União Europeia possa continuar competitiva nos mercados mundiais e produzir mais para alimentar a crescente população mundial, utilizando menos recursos.

Por seu lado, o presidento do Copa, Martin Merrild, insistiu que o «estudo vem confirmar o que já pensavam, ou seja, que o setor da produção de carne poderia ser muito afetado por alguns acordos comerciais, a não ser que se imponham contingentes tarifários conservadores às importações, em particular no caso da negociação com o bloco comercial latino-americano, o Mercosul. O Copa defende que um acordo potencial com o mesmo poderá afetar muito o setor agrícola da União Europeia, em especial, do gado bovino.

Fonte: Agrodigital 

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