Estudo de mercado sobre as potencialidades do medronho na região centro

Estudo de mercado sobre as potencialidades do medronho na região centro

Por: Vasco Lagarto, Filomena Gomes, Justina Franco e Fátima Oliveira
CERNAS, Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC)

O estudo de mercado sobre as potencialidades do Medronho surgiu da necessidade de promover a aproximação entre os produtores, empresas e outros intervenientes da fileira sendo necessário conhecer as características do produto e os agentes de mercado. Foram realizadas entrevistas a Produtores,  Associações de Produtores Florestais, Câmaras Municipais (CM), Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), ao Grupo Jerónimo Martins e a um investigador do projeto In-Agri. O medronheiro (Arbutus unedo L.) é uma espécie de origem mediterrânica cujas flores aparecem no outono até ao inverno e o fruto em baga coexiste com as flores, o que torna a espécie importante para a produção de mel e aumenta o seu valor como ornamental. A espécie tolera condições de stress hídrico e solos degradados mas não vegeta em boas condições aquando de geadas intensas ou verões secos e longos. Prefere solos siliciosos ou descarbonatados, tem uma boa tolerância ao teor de acidez, cresce em solos ácidos a alcalinos (pH 5-7.2). Em Portugal, representa 15500 ha e aparece numa larga gama de solos desde o xisto do Algarve e do Centro, no calcário na Serra da Arrábida até ao granito no Minho e, em termos climáticos, está distribuída desde o Norte Atlântico até às áreas áridas do Mediterrânico. Nos últimos anos a área de medronheiro tem aumentado, dada à sua capacidade de regeneração após a ocorrência de incêndios, à degradação dos ecossistemas florestais e ao abandono das regiões do interior, contribui para a recuperação e para a redução da erosão dos solos, para o aumento da matéria orgânica e da vida no solo. A espécie é caracterizada por uma extrema rusticidade e por uma larga variabilidade morfológica e fenológica, o que facilita a seleção dos medronheiros que podem ser propagados por semente, mas só a propagação vegetativa permite a multiplicação de plantas selecionadas. Na ESAC são multiplicadas vegetativamente, por micropropagação, plantas selecionadas, considerando a qualidade e a produção de fruto. É uma espécie subestimada, com potencialidades comerciais, tanto pelo fruto, como pelo valor ornamental da planta.

Os frutos são uma fonte de antioxidantes, de compostos carotenoides e fenólicos, de minerais e de vitaminas. As folhas são utilizadas na medicina popular, pelo valor antisséptico, diurético e propriedades adstringentes e na indústria química/farmacêutica devido ao teor em taninos. Há a referir que estão em curso trabalhos de investigação para a conservação do fruto para consumo em fresco e para o seu processamento (Universidade do Algarve; ESAC). O projeto In_Agri que deu origem a este trabalho é um projeto âncora do Cluster Agroindustrial do Centro, de natureza coletiva que visa reforçar a capacidade de investigação, desenvolvimento e inovação para melhorar a competitividade do setor agroalimentar. Os objetivos operacionais são a criação de uma plataforma de transferência de conhecimento alimentada com fluxo de informação, a dinamização da rede de suporte às empresas, aos empreendedores e ao Sistema Científico e Tecnológico Nacional, a realização de ações de sensibilização para fatores de competitividade e de ações de discussão e perspetivas com a sociedade. A par das Sessões de Trabalho Temáticas a Rede de Oficinas de Inovação é suportada por uma Plataforma de Transferência de Tecnologia.

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A entrevista com o produtor Paulo Lourenço (Fig. 1) decorreu na sua exploração na freguesia de Sarzedas, de cerca de 10 ha, no qual 2,7 estão plantados com medronheiros. O principal uso que deseja dar ao fruto é a produção de aguardente mas não coloca de parte a produção de geleia. Paulo colhe a informação através da internet e de entidades de certificação. Realiza visitas a outras explorações, mas aprende essencialmente através da “tentativa e erro”, como a técnica de apanha do fruto, através do uso de várias redes ao longo do medronhal, que serão presas por ferros que irão funcionar como escorrega. O objetivo será que o fruto escorregue do topo até à zona mais baixa do medronhal. Paulo sente que um manual ajudará a melhorar as técnicas de instalação do medronhal, tal como o uso de sementes selecionadas, facto que pretende comprovar a partir do uso de sementes da ESAC em 1 ha. Na produção da aguardente a dificuldade está no licenciamento e no custo do equipamento. Em relação ao consumo em fresco não se mostrou muito interessado, devido à não existência de mercado, a produção em aguardente lhe parecer mais rentável e por já não necessitar de grande divulgação porque já têm um bom mercado. A organização de uma associação em moldes distintos das atuais, com um pequeno número de produtores, para que consiga um melhor controlo do fruto e maior facilidade em partilhar informação. Deste modo, um produto de qualidade poderá ajudar ao desenvolvimento do setor porque as associações atuais poderão não garantir o controlo do medronho.

O produtor Américo Lourenço (Fig. 2) possui cerca de 110 ha onde 7 ha estão plantados de medronheiros no Estreito em Oleiros. O medronho é utilizado para a produção de aguardente, que é vendida num mercado local. A razão pela qual planta medronheiro prende-se com o facto deste ser bom na prevenção de incêndios. A informação é obtida através do contacto com outros produtores na internet e idas a seminários. Considera importante o uso de sementes selecionadas, e um maior conhecimento das variedades de medronheiro e um manual de instalação. Na transformação em aguardente as principais dificuldades são o custo do equipamento, o custo da mão de obra/transporte e a falta de um manual para a produção de aguardante. As dificuldades para o consumo em fresco são a falta de uma rede de comercialização e de acesso a centrais de conservação, o custo de mão de obra/transporte e o facto de o volume da produção ser inferior aos requisitos das Grandes Superfícies (GS). A má divulgação das potencialidades do medronho dificultam a sua comercialização. Para combater as dificuldades o associativismo seria uma oportunidade para melhor responderem às necessidades das GS e facilitaria o acesso a infraestruturas e diminuiria o custo do equipamento. É importante dinamizar a plantação através da sensibilização dos produtores mais jovens.

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A entrevista com o produtor Jorge Simões (Fig. 3) decorreu na sua exploração no Estreito, com uma área de cerca de 15 ha, destinados à produção do medronho. Jorge Simões utiliza o medronho para produzir aguardente, mas não põe de parte a hipótese da fabricação de outros subprodutos ou a comercialização para consumo em fresco, caso prove ser uma opção rentável. Jorge Simões obtém a informação através de formações, presença em seminários mas a sua principal fonte é experiência do dia a dia no terreno.

Exemplo desta aprendizagem são as operações de plantação com um compasso de 5x5 metros, evitando assim a variabilidade genética. Ao nível da condução, utiliza uma técnica inovadora que consiste em puxar os ramos laterais conseguindo assim que o seu crescimento seja feito na horizontal e não na vertical, conseguindo-se assim um melhor crescimento do fruto na zona interior da árvore. Com a ajuda da assistente Helena (Fig. 4) faz uma poda na parte inferior para que se consiga um melhor arejamento/entrada de luz, proporcionando uma maior área de produção que se estende com mais facilidade ao interior da planta. Na colheita deste ano, para além da apanha manual, pretende utilizar redes que irão ser colocadas por baixo dos medronheiros, reduzindo a perda de frutos, que vão amadurecendo primeiro, tornando assim a exploração mais rentável. O progresso das técnicas de instalação e o uso de sementes selecionadas são essenciais no melhoramento desta cultura. As principais dificuldades na produção de aguardente são: o custo do equipamento/mão de obra e dos transportes e a má organização da rede de comercialização. Sobre a criação de uma associação, Jorge Simões referiu que a burocracia implicada na criação das associações o desmotiva mas salienta o desejo em colaborar com outos produtores em troca de experiências, conhecimentos e visitas.

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O produtor José Martins (Fig. 5) em Pampilhosa da Serra apresenta uma área total de 25 ha dedicada à produção de medronho e mostrou-se interessado em explorar as diferentes utilizações do medronheiro e dos seus frutos mas as utilizações para as quais têm maior interesse será a produção para consumo em fresco, a aguardente e o uso em néctar. Está neste momento a construir um armazém para o medronho, juntamente com uma destilaria. O produtor recorre a entidades certificadas, à internet e a seminários para adquirir conhecimentos. José citou que algumas áreas de conhecimento deveriam ser melhoradas: os saberes sobre as diferentes variedades, as técnicas de condução e a qualidade de sementes selecionadas. Na produção de aguardente as dificuldades são o licenciamento, a falta de um manual e o custo elevado dos equipamentos. No consumo em fresco os maiores problemas são a falta de infraestruturas, de um método eficiente de conservação/embalamento, a falta de uma rede de distribuição, o reduzido volume de produção e o facto da divulgação do medronho ser escasso. A criação de uma associação poderia colmatar as dificuldades e considerou que o mercado do medronho é bastante rentável e com muitas saídas mas ainda não se observa uma grande adesão por parte de muitos produtores.

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O produtor Tiago Cristóvão, de 29 anos, (Fig. 6) é o mais novo dos entrevistados e foi distinguido pela CM de Proença-a-Nova no Concurso de Ideias e Projetos de Negócios pela iniciativa de produção de medronho. A exploração em Proença-a-Nova tem 2,28 ha dos quais 2,10 serão de medronheiros que foram selecionadas e reproduzidas na ESAC e irão ser plantados em dezembro. Os frutos têm um calibre superior ao normal, fator importante para o consumo em fresco e para a fabrico de compotas e geleias.

Tiago optou pela produção para consumo em fresco devido ao valor nutricional e ao sabor agradável e não apostou nas bebidas alcoólicas devido às cargas fiscais associadas. Este jovem adquire os saberes pela internet, através de visitas a explorações e assiste a seminários. A produção de um manual para a instalação, a melhoria nas técnicas de condução e a utilização de sementes selecionadas serão importantes para o desenvolvimento da cultura. Em relação ao consumo em fresco, apesar de ainda não existir tradição, tem confiança que devido às qualidades do medronho venha a ser bem aceite nos mercados, sendo necessário criar uma rede de comercialização, melhorar as infraestruturas de conservação e desenvolver o embalamento. Para colmatar as falhas, realçou que seria importante a existência de uma associação na região para facilitar o acesso às infraestruturas e adequar a oferta às necessidades das GS.

A Associação Florestal de Ansião nasceu em 2000 e representa 800 associados (+/- 3 ha/associado). A técnica florestal da Associação, Eng.ª Sofia Ferreira (Fig 7) revelou-se apreensiva quando questionada sobre qual seria o uso que pretendiam dar ao medronho isto porque os produtores não dão grande relevo ao seu consumo visto que este se encontra num estado selvagem o que faz com que seja desvalorizado.

Assim, existe uma preferência por outras culturas,  como o eucalipto, o pinheiro manso e o carvalho português, mas mostrou-se interessada no desenvolvimento do consumo do medronho em fresco e da aguardente. A associação não possui infraestruturas para conservação/embalamento do medronho para consumo em fresco ou para a transformação em aguardente mas caso os associados estejam interessados faria sentido o seu desenvolvimento com o apoio das várias associações da região.

Considerou que a comercialização do fruto para GS seria uma boa ideia devido ao público que poderia alcançar relativamente ao que acontece hoje em que a venda ocorre no mercado local. Para desenvolver o medronheiro é necessário formação e infomação sobre a sua rentabilidade.

Na visita à Associação de Produtores Agroflorestais do Concelho de Figueró dos Vinhos fomos acolhidos pelo Vice-presidente da Associação, Eng.º Rui Alves e pela técnica Eng.ª Carla Mendes (Fig. 8). A Associação nasceu em 2002 e tem 317 associados que representam uma área de 623 ha. O Eng.º Rui acha que seria possível o uso de 5% a 10% da área total se houvesse uma boa divulgação através de workshop’s e formações de sensibilização dos possíveis usos do fruto e o consumo em fresco seria uma boa opção por parecer rentável. Relativamente aos apoios/formações que a associação disponibiliza é de salientar o protocolo com a CM de Figueró dos Vinhos que promove a candidaturas dos produtores a novos projetos. A idade elevada dos associados e a falta de interação destes com a Associação dificulta a implementação do medronho para comercialização. A Associação não possui estruturas de conservação/embalamento ou de transformação porque ainda não surgiu a necessidade e porque a produção para aguardadente é o principal uso do medronho. No que respeita à rede de comercialização consideram que a exportação seria mais rentável devido ao estragulamento que sentem que os produtores sofrem pelas GS, mas seria importante haver uma sensibilização sobre a rentábilidade do medronheiro para motivar os associados.

A Associação dos Produtores e Proprietários Florestais do Concelho de Pedrógão Grande, APFLOR, nasceu em 2001 através da CM e de um grupo de proprietários florestais (720 associados e cerca 600 ha). A Presidente da APFLOR e técnica florestal da CM, Eng.ª Margarida Gonçalves (Fig. 9) refere que 50 ha estarão disponíveis para a plantação do medronheiro. A APFLOR está envolvida no ProDer, para o desenvolvimento do pinheiro manso e do carvalho utilizado na prevenção de fogos, mas salientou que os produtores já começaram a utilizar o medronheiro para a mesma finalidade. A técnica supõe que o primeiro uso que os associados dão ao medronho é a produção de aguardente mas o uso do fruto em compotas seria uma boa alternativa e mostrou interesse em incluir nos futuros planos de formação o medronheiro.

Ressaltou ainda que não possuiu estruturas para a conservação/embalamento do fruto em fresco e sobre a transformação em aguardente. A APFLOR tem conhecimento de alambiques particulares que são utilizados para autoconsumo. Para que a comercialização do medronho possa atingir um público mais alargado tem que passar pelas GS. A fraca adesão por parte dos produtores pode ser devido ao facto de este se encontrar em estado selvagem, sendo ainda necessário combater “estereótipos” e que as futuras iniciativas elucidem os proprietários em relação à rentabilidade, à instalação e às formas de comercialização.

Na CM de Oleiros, a Eng.ª Inês Martins (Fig. 10) salientou alguns projetos na área da agricultura, tais como os Quintais da Praça do Pinhal cujo objetivo é fomentar a produção através do aproveitamento de excedentes da agricultura familiar e de pequena escala, na Zona do Pinhal ,através do escoamento assegurado pela equipa do projeto ou em mercados periódicos. Apesar de reconhecer a importância da comercialização do medronho, a plantação para consumo em fresco ainda não está implementada e considerou que o mercado dos subprodutos, apesar de não representar um valor importante, poderá ser uma fonte de riqueza.

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O incêndio no Estreito, em 2003, levou o concelho a deparar-se com a necessidade de recuperar o medronheiro porque nas áreas ardidas os medronheiros foram as primeiras plantas a crescer, além do seu poder de recuperação dos solos, esta planta é usada na prevenção de incêndios e na segurança do seu combate. A Eng.ª Inês referiu que já foram realizadas no concelho sessões de esclarecimentos, salientando a semana do medronho e da castanha, onde decorreram várias atividades pedagógicas, visitas a explorações (Fig. 11), amostras gastronómicas, uma prova de BTT e “A Noite da Medronha”. A CM estaria disposta a investir na construção de infraestruturas no caso de haver um interesse por parte dos produtores.

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Na CM de Proença-a-Nova, o técnico Dr. Daniel Farinha (Fig 12) recebeu-nos e salientou o prémio atribuído a Tiago Cristóvão, em 2010, pela iniciativa de produção de medronho para consumo em fresco e para ser utilizado em compotas e geleias. Informou que só não existem mais apoios por parte da CM porque não têm sido solicitados e salientou a importância de projetos como o InAgri para a dinamização e a consciencialização dos produtores em relação à cultura do medronheiro. A realização de palestras seria de grande importância e estaria disposto a dar formação a dois técnicos para que estes dessem continuidade às formações junto dos produtores. Sobre a comercialização do medronho para consumo em fresco considerou que devido ao facto do fruto não estar dentro dos hábitos dos produtores será dificultada a entrada no mercado. Na sua opinião, a aguardente, as compotas e os licores teriam uma maior aceitação que o uso para consumo em fresco, mas salientou que existem casos de sucesso na região em relação a esta cultura que poderá funcionar como um “contágio” para melhorar a implementação da cultura. Isto iria dinamizar a região, visto que existem recursos a explorar.

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O facto de o medronheiro ser usado na prevenção de fogos será importante para o seu desenvolvimento, sendo esta uma das grandes preocupações do município. Os diferentes subprodutos, como a ramagem como complemento de arranjos florais e a utilização do fruto na cosmética, serão as áreas a desenvolver, mas será necessário sensibilizar a indústria agroalimentar para o valor dos subprodutos e com isso iniciar a sua transformação e a comercialização para um mercado maior. Na entrevista com a DRAPC esta referiu que estará disponível com os seus técnicos especializados para colaborar numa nova visão do território e dos recursos naturais, de forma a aumentar o potencial agrícola e dinamizar o mundo rural e promover um desenvolvimento sustentável.

O Grupo Jerónimo Martins, através do Eng.º José Raimundo, gestor na categoria de frutas, deu a opinião acerca da comercialização do medronho, referindo os acordos que o Grupo tem com a produção nacional para o escoamento de produtos agrícolas e o apoio ao desenvolvimento de novas variedades e métodos de produção. Em relação ao medronho, tanto ao nível do seu consumo em fresco como dos seus subprodutos, mais particularmente a aguardente e os licores, o Eng.º Raimundo pensa que será necessário fazer estudos de mercado para comprovar, ou não, a aceitação por parte dos consumidores.

Acrescentou que estes produtos terão impacto positivo por serem produtos tradicionais mas será para um nicho de mercado cujas necessidades ainda não foram exploradas. Uma boa forma de dinamizar o fruto junto do público-alvo é através de técnicas de marketing, refere. O grupo Jerónimo Martins estaria disposto a dar apoio à implementação do medronho no mercado através da venda nas suas superfícies comerciais mas a nível de Associações de Produtores desconhece que alguma esteja a trabalhar com o medronho. Por essa razão não sabe se estas conseguiriam responder às exigências de uma grande superfície.

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Todos os entrevistados concordam com algumas necessidades: Existência de um Manual de Boas Práticas para a Produção de Aguardente; continuar os estudos que permitam a produção do Manual de Boas Práticas da Cultura e os estudos para a conservação do fruto para consumo em fresco; realizar estudos de mercado para comprovar a aceitação dos produtos do medronho e ações de divulgação, de marketing e organizar as redes de comercialização; sensibilizar os produtores para a sua organização, pois isso permite reduzir os custos, melhorar o controlo do processamento e qualidade, e potenciar ações de financiamento.

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