Especialistas antecipam futuro da cadeia alimentar

O reforço da inovação no setor agroalimentar é uma necessidade premente, tendo em conta as «enormes dificuldades» de resposta à alimentação da população mundial num contexto de alterações climáticas e da escassez de água e de solos.

A afirmação da secretária de Estado da Investigação de Espanha, Carmen Olmo, esta semana, na abertura da cimeira anual do Instituto Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), em Braga, sintetiza o propósito do encontro que junta especialistas para debate das tendências futuras do setor, com incidência no processamento de alimentos, aditivos, embalagens e segurança alimentar.

A governante deu nota da pujança do setor agroalimentar espanhol, que representa 11 % do PIB do país vizinho e cujas empresas investem fortemente na inovação.

Carmen Olmo vê o INL, organizado fundado pelos governos português e espanhol, como «um parceiro perfeito» para prosseguir o esforço de inovação do setor.

Lars Montelius, diretor do INL, considerou o Summit 2016 NanoDigest não uma típica conferência científica, mais um ponto de encontro de soluções para repensar a alimentação.

A investigação agroalimentar já não se destina hoje apenas a responder a necessidades básicas de sobrevivência, mas também à descoberta de instrumentos de combate a problemas de saúde como a obesidade ou a diabetes.

A segurança e qualidade alimentar é uma das quatro grandes áreas de investigação desenvolvidas pelo INL em Braga.

Lars Montelius destacou a investigação que está a ser desenvolvida, por exemplo, ao nível de embalagens inteligentes. Manter a frescura dos alimentos dentro de invólucros que poderão conter informação relevante para os consumidores são hipóteses exploradas nos laboratórios do INL, recorrendo a manipulações de escala nanométrica.

O INL Summit 2016 trouxe a Braga representantes da indústria, empreendedores, organizações de consumidores, gastrónomos e investigadores para encontrar soluções para os desafios crescentes como seja o da alimentação da crescente população mundial com alimentos cada vez mais saudáveis, seguros e saborosos, cumprindo, ao mesmo tempo, os princípios da sustentabilidade ambiental.

Fonte: Correio do Minho 

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