ECHA classifica Glifosato não cancerígeno

Este é o resultado da investigação do Comité de Avaliação de Riscos da Agência Europeia dos Produtos Químicos.

Fonte oficial da ECHA [Agência Europeia dos Produtos Químicos], emitiu ontem, 15 de março, o seu parecer, onde considera a substância herbicida glifosato não cancerígena.

Esta é uma tomada de posição que está em conformidade com as conclusões que a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos [EFSA] já havia partilhado em novembro de 2015.

A informação transmitida pela agência europeia aponta para o facto de as evidências científicas apresentadas não preencherem os critérios que permitam classificar esta substância como cancerígena.

Já em maio de 2015 a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a própria Organização Mundial de Saúde (OMS) comunicaram, após análise a diversas substância ativas, que o glifosato é improvável de ser genotóxico e carcinogénico para os seres humanos na exposição na sua dieta.

Para António Lopes Dias, diretor executivo da Anipla, «a ciência prevaleceu, e estou verdadeiramente satisfeito com o retomar da verdade e da evidência científica. Esta classificação pela ECHA é consistente com as 90.000 páginas de provas existentes, 3.300 estudos, e as opiniões da EFSA e da OMS».

Para o responsável, «o parecer não deixa quaisquer dúvidas: o glifosato não é cancerígeno. Ficamos agora a aguardar que a Comissão Europeia avance na maior celeridade com o processo de registo da substância na UE e conceda a aprovação de 15 anos - a mesma aprovação originalmente sugerida pela CE antes da substância ter sido objeto de um debate político e emocional, em vez de um debate com base em factos e ciência».

A ECHA deverá emitir o seu parecer por escrito a Bruxelas que, por seu lado, deverá tomar uma decisão final sobre o glifosato até o final do ano. Os países-membros exercem sua influência através de votos num comité especial para a alimentação.  

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