Culturas arvenses: um difícil 2016 para os produtores europeus

O grupo de trabalho “Cereais e oleaginosas” do Copa-Cogeca confirma a má situação de muitos produtores europeus de culturas arvenses em 2016, que este ano vêm reduzida a produção de trigo em 10% e de colza em 9,2% na União Europeia (UE) dos 28 em comparação com 2015.

Por esta razão destacam a necessidade de um fornecimento suficiente de produtos fitossanitários para garantir a viabilidade do setor no futuro.

O vice-presidente do grupo de trabalho, Mike Hambly, declarou que este ano, o nível de produção no setor de culturas arvenses é o mais baixo na maioria dos Estados-membros.

Algumas das regiões foram gravemente afetadas por condições meteorológicas extremas, levando a uma baixa de rendimentos, inferiores até 50% em alguns países. No entanto, a situação difere ligeiramente entre os países da UE.

Na Hungria, a colheita de cereais e de colza foi muito boa este ano enquanto a França foi particularmente afetada por uma redução de 30% da sua produção de trigo e, por três anos consecutivos, todos os países registam níveis de preços inferiores aos custos da produção.

Hambly alertou para o facto de muitos países se queixarem das más condições meteorológicas e dos ataques da pulga da colza, que afetam as suas culturas de colza, sobretudo devido à suspensão do uso dos tratamentos das sementes com neonicotinóides.

Os agricultores não querem correr o risco de cultivar colza se não disporem de suficientes produtos fitossanitários. Também existe a preocupação pela impossibilidade de utilizar produtos fitossanitários eficientes nas superfícies de interesse biológico, em particular porque as culturas proporcionam múltiplos benefícios ambientas e contribuem para garantir as biodiversidade e a disponibilidade de alimentos à população de abelhas que diminui».

Entretanto, os preços dois cereais descem e os preços europeus da colza aumentam. As perspetivas para 2017 parecem mais prometedoras para os cereais com boas condições de culturas em alguns Estados-membros.

Segundo as estimativas do Copa-Cogeca, a produção de cereais da UE-28 deveria aumentar em 4,2% em 2017, em comparação com 2016. Para a produção de oleaginosas da UE-28, prevê-se um ligeiro aumento em torno dos 0,8%.

Esta situação depende, em grande medida, das condições meteorológicas e também da disponibilidade para os agricultores de suficientes produtos fitossanitários para lutar contra as pragas e as doenças.

O Copa-Cogeca enviou à Comissão Europeia um pedido de apoio direto de emergência para compensar os graves problemas de liquidez dos agricultores.

Fonte: Agrodigital 

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