Constituição de novas empresas dispara 30% no 1º trimestre de 2022

No primeiro trimestre de 2022 nasceram em Portugal 13 628 novas empresas, o que corresponde a um crescimento de 30% face ao mesmo período de 2021. Março foi também o 6º mês consecutivo a registar crescimento na constituição de empresas, o que mostra de forma cada vez mais clara uma trajetória de recuperação neste indicador.

A subida de nascimentos de empresas no 1º trimestre de 2022 é transversal à quase totalidade dos setores de atividade. Entre eles, destacam-se os maiores crescimentos nos setores dos Serviços Gerais (+604 constituições, +46%), Serviços Empresariais (+540 constituições, +29%), Alojamento e Restauração (+493 constituições, +64%), Transportes (+423 constituições, +104%) e Atividades Imobiliárias (+418 constituições, +40%).

O Retalho é o único setor a registar uma descida nos nascimentos face a 2021, com 1 383 novas empresas, menos 4,4% que no período homólogo, uma queda que fica a dever-se à descida dos nascimentos no subsetor "Retalho de Têxtil e Moda".

A Área Metropolitana de Lisboa é a região com um crescimento mais acentuado de novas empresas (+1 754 constituições, +51%). Quase todas as regiões e distritos registam uma subida face a 2021, com os distritos de Bragança e Horta a serem os únicos abaixo de 2021, mas com pouco significado.

Mais perto de 2019

Em relação ao mesmo período do último ano anterior à pandemia (2019), os nascimentos de novas empresas estão ainda 15% abaixo, embora a recuperação se revele consistente. Mas já há três setores que superam esse período: Atividades Imobiliárias (+15%), Tecnologias de Informação e Comunicação (+14%), Agricultura e outros recursos naturais (+5%). A Região Autónoma da Madeira é a única região que regista crescimento na criação de empresas face ao 1º trimestre de 2019, com 421 novas empresas (+20%).

Encerramentos crescem, insolvências mantêm descida

De janeiro até final de março de 2022 encerraram 3 213 empresas, o que representa uma subida de 1,3% face ao período homólogo. Apesar de, em geral, o crescimento ser ligeiro, alguns setores mostram subidas de dois dígitos no 1º trimestre, como o Retalho (+67 encerramentos, +15%), Indústrias (+64 encerramentos, +22%) e Atividades Imobiliárias (+27 encerramentos, +14%).

No mesmo período, 415 empresas iniciaram um processo de insolvência, valor que representa uma descida de 27% face a 2021 (menos 155 novos processos).

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