Cidadãos exigem menos agricultura em Odemira e Aljezur

Segundo a Radio Renascença, foi criado movimento de cidadãos na região que decidiu lançar uma petição para impedir a expansão da agricultura no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

Agricultura

“Juntos pelo Sudoeste” é o nome do recente movimento criado por um grupo de cidadãos de Odemira e Aljezur. A ideia estava a ser preparada e acabou por ganhar forma após a reportagem da rádio sobre o crescimento da agricultura e da imigração no concelho de Odemira.

Começaram com o lançamento de uma petição. Os subscritores querem ver discutida esta situação que se vive no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Mostram-se preocupados com o avanço da agricultura, pedem ao governo que proíba a instalação de mais estufas e defendem a necessidade de estudos de impacto ambiental e social.

A representante deste movimento de cidadãos, Sara Serrão, defende que a situação seja clarificada. «Queremos que seja colocado um limite à expansão da zona agrícola e que haja uma real preocupação e um esforço para compatibilizar os interesses da indústria agrícola com a valorização e a preservação ambiental. Este é um parque natural, uma área protegida, com compromissos ambientais assumidos. Qual é o futuro para esta região? É um futuro sustentável?», questiona.

Este movimento de cidadãos pede ainda que seja revogada a Resolução do Conselho de Ministros, de Outubro do ano passado, que tem gerado muita polémica. Um dos pontos de maior controvérsia está na definição do limite da área cobertura por estufas no Perímetro de Rega do Mira.

O documento define 40% dos 12 mil hectares da área de regadio. Estão ocupados cerca de 10%. A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque diz que o limite antes era de 80% e por isso há uma diminuição. «A região já está a rebentar pelas costuras com 10 ou 12% de ocupação de estufas. Se essa ocupação for triplicada até aos 40% onde é que a região vai parar? Como é que a região suporta?», questiona Sara Serrão.

O outro ponto de discórdia está na criação de alojamento temporário, em contentores, dentro das explorações agrícolas. Sara Serrão diz que essa não é a solução para diminuir o problema do crescimento de imigrantes na região, «que não comporta mais gente sem o reforço dos serviços públicos e infra-estruturas. Os contentores também não resolvem as falhas e os problemas existentes».

FONTE: Rádio Renascença

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