Centro PINUS premiou os melhores trabalhos de jornalismo florestal

Prémio PINUS 2015

A 23 de março, o auditório 1 da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa (UNL), acolheu a cerimónia de entrega da segunda edição do Prémio Centro PINUS de Jornalismo Florestal 2015.

Foto: Ana Clara

A grande vencedora do galardão foi a jornalista Sofia Fernandes (TVI) com a reportagem “A reflorestação do pinheiro bravo”.

A repórter daquela estação de televisão recebeu ainda uma menção honrosa com um trabalho dedicado à resina.

Também Maria João Babo, do Jornal de Negócios, foi premiada com uma menção honrosa com a reportagem “Crescer com Raízes”.

Concorreram a esta segunda edição 23 reportagens, de vários órgãos de informação nacional, regional e local, desde televisões, rádios e imprensa escrita.

Na sessão João Gonçalves, presidente do Centro Pinus, realçou a importância de atribuir este prémio «pela importância que se reveste a fileira», sendo que o júri «privilegiou a informação credível, factual e verdadeira».

A entrega dos prémios de jornalismo do Centro PINUS ocorreu depois de um debate em torno do “Caminho do Jornalismo - informação financiada: sim ou não?”, que contou com a moderação da investigadora do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da UNL, Luísa Schmidt, e com as participações de Isabel Magalhães, jornalista da RTP e membro da direção do Sindicato de Jornalistas e de Luís Osório, diretor-adjunto do jornal i.

Do debate, destaque para a reflexão em torno do futuro que o jornalismo nacional tem pela frente. Luísa Schmidt começou por lançar algumas questões sobre a sustentabilidade dos órgãos de comunicação social e sobre a transparência do seu financiamento.

«Há uma pergunta que temos necessariamente de fazer nesta reflexão: como não ser condicionado pelos agentes económicos que financiam os projetos?».

Isabel Magalhães não tem dúvidas «não podemos esperar, no futuro, um jornalismo gratuito. Não me chocam patrocínios, desde que haja transparência. Quanto mais clareza e transparência melhor».

Já Luís Osório lembrou que «o mundo mudou» e que «é importante não esquecer que o bem-estar das sociedades está alicerçado em perversidades». «O problema está no dinheiro e, muitas vezes, não sabemos qual a sua origem», sublinhou.

«Julgo que hoje não podemos falar de liberdade de imprensa, algo que só existe quando os projetos se financiam a si próprios e têm uma identidade», vincou, recordando que «há sempre um preço a pagar».

Luís Osório afirmou que «o empobrecimento da comunicação social acompanha também o empobrecimento das classes política e empresarial».

O Prémio Centro PINUS de Jornalismo Florestal tem caráter bianual e pretende distinguir trabalhos jornalísticos que, «pela sua qualidade e originalidade, contribuem para a reflexão da temática florestal junto da sociedade civil».

O Centro Pinus foi criado em 1998 e assume-se como uma associação que reúne os principais consumidores industriais da fileira do pinho, a autoridade florestal nacional e a forestis.

Maximizar a produção e optimizar a qualidade da madeira de pinho e contribuir para o fornecimento sustentado de matéria-prima com a qualidade exigida pelas necessidades das indústrias desta fileira são alguns dos principais objetivos do projeto.  

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