Cão do Barrocal Algarvio reconhecido como Raça Autóctone Portuguesa

Com cerca de 1500 exemplares e depois de ter estado em risco de extinção na década de 1960, o Cão do Barrocal Algarvio viu finalmente ser-lhe atribuído o título de 11.ª raça certificada em Portugal.

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Rogério Teixeira, presidente Associação de Criadores do Cão do Barrocal Algarvio (ACCBA), partilhou na sua página de Facebook o documento enviado pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, que reconhece este animal como Raça Canina Autóctone Portuguesa.

«Depois de muitos anos de trabalho, é muito gratificante receber esta carta», diz Rogério Teixeira na mesma publicação.

Esta raça, caracterizada pela sua aparência esguia e atlética e que se acredita ter origem nos galgos egípcios, esteve durante 15 anos em recuperação, conseguida através do trabalho de divulgação e verificação genética realizado pela ACCBA.

«No início do processo, o cão tinha vários nomes, nomeadamente o Abandeirado, o Felpudo, o Peludo», explicou o presidente da ACCBA.

Segundo o próprio, o novo nome surgiu como forma de mostrar a origem e prevalência destes cães nas zonas do Barrocal e para identificar a região de origem.

Com um focinho alongado, olhos amendoados, cauda em formato de caracol, orelhas pontiagudas, o pelo comprido, especialmente nas patas, cauda e orelhas, esta raça pode chegar aos 58 centímetros e aos 25 quilos.

Durante vários anos, foi utilizada para caça menor por serem rápidos, agressivos, enérgicos e territoriais, mas têm também revelado qualidades para serem escolhidos como cães de companhia, nomeadamente por serem meigos e se adaptarem bem à vida familiar.

O próximo passo será o reconhecimento por parte da Federação Cinológica Internacional (FCI), responsável pela certificação de raças de todo o mundo.

Fonte: Lusa

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