Caima torna-se a primeira fábrica de fibras celulósicas livre de combustíveis fósseis

A Caima, biorefinaria do Grupo Altri que produz fibras celulósicas para a indústria têxtil, vai investir 40 milhões de euros na construção de uma nova caldeira de biomassa e abandonar os combustíveis fósseis em todo o seu processo de produção, de modo a garantir uma total autonomia energética de fontes exclusivamente renováveis, tornando-se desta forma na primeira empresa ibérica do seu setor a atingir este marco histórico.

Este objetivo será materializado na concretização do projeto “Caima Go Green” e prevê que a nova central a biomassa funcione em articulação com a central existente da GreenVolt, substituindo - com aumento da capacidade - a caldeira a biomassa existente.

 A caldeira passará a funcionar sem recurso a combustíveis fósseis, promovendo-se a utilização de energias a partir de fontes renováveis, mas também a recolha e valorização de emissões gasosas industriais.

O investimento de 40 milhões de euros necessário para esta nova central, um dos maiores no interior do País, vai permitir à Caima ser a primeira fábrica de fibras celulósicas na Península Ibérica e uma das primeiras na Europa a funcionar sem recurso a combustíveis fósseis. Prevê-se que a nova central esteja concluída até ao final de 2024, sujeito às aprovações regulamentares adequadas.

A energia produzida nesta nova central a biomassa a partir de resíduos florestais permitirá responder à totalidade das necessidades de energia térmica da fábrica localizada em Constância, e em particular de novos projetos de inovação, tornando possível também a produção de especialidades de valor acrescentado. Vai ainda aumentar a capacidade de produção de energia elétrica, permitindo injetar mais energia verde na rede.

José de Pina, CEO da Altri, diz que «este é um passo importante para a Caima, não só por permitir um reforço da produção de fibras celulósicas e de novos projetos de inovação, mas principalmente pela aposta feita numa unidade que passará a ser totalmente verde, gerando energia para toda a unidade, mas também para disponibilizar à rede. Este investimento vem sublinhar a estratégia de sustentabilidade da Altri, permitindo acelerar o cumprimento dos objetivos inscritos no ‘Compromisso 2030’ do Grupo».

O Grupo Altri identificou, em 2020, os principais objetivos a alcançar, alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Nações Unidas e com as expetativas dos seus stakeholders. No âmbito do “Compromisso 2030”, foi assinado o Manifesto do BCSD Portugal que defende a necessidade de acelerar a descarbonização e o Grupo aderiu ao act4nature Portugal, que incentiva e mobiliza as empresas a proteger, promover e restaurar a biodiversidade e os serviços dos ecossistemas, contribuindo para parar e reverter a sua perda.

A atuação responsável do Grupo Altri permitiu-lhe passar a integrar o top 10 a nível mundial entre as empresas do setor da pasta e papel, sendo considerada pelo ESG Risk Ratings da Sustainalytics, da Morningstar, como uma “Empresa de Baixo Risco ESG” para os investidores.

O Grupo Altri recebeu também o rating de A- no combate às alterações climáticas por parte do CDP, passando a integrar o restrito lote de empresas internacionais com um desempenho de “Liderança”.

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