Bolsa de Terras: primeiro terreno a ser entregue vai ser pomar de pera rocha

A primeira terra do Estado arrendada num concurso público da Bolsa de Terras foi entregue a uma jovem agricultora das Caldas da Rainha que quer aproveitar o terreno para expandir a sua produção de pera rocha.

No total, foram disponibilizadas neste primeiro concurso 24 terras geridas diretamente pelo Estado, num total de 726 hectares, tendo a Quinta de São João, com 9,77 hectares, sido «entregue» simbolicamente a 13 de abril pela ministra da Agricultura e Mar, Assunção Cristas.

Elisabete Casimiro Matos, que produz actualmente cerca de 300 toneladas de pera rocha e maçã, tem agora 15 anos, o prazo que dura o arrendamento celebrado com o Estado, para «chegar às 700/800 toneladas» que definiu como objetivo.

A agricultora concorreu à Bolsa de Terras porque não tinha mais nenhum terreno na zona que lhe permitisse aumentar a produção, que vende essencialmente no mercado interno.

«Estamos sempre à procura de mais área para aumentar. Apareceu esta oportunidade e concorremos, sem pensar se iríamos ganhar ou não. Mas ganhámos e, para nós, é uma mais-valia, é na nossa zona e é nessa zona que temos toda a nossa produção», disse.

O arrendamento do terreno vai custar 6.500 euros por ano, mas os jovens agricultores só começam a pagar ao fim de dois anos.

Desde que o projeto da Bolsa de Terras foi apresentando, em maio de 2013, foram colocados na Bolsa de Terras 354 terrenos geridos por entidades públicas e privados, totalizando cerca de 15 mil hectares, dos quais cerca de um quinto já foram cedidos.

O primeiro concurso público com terras detidas e geridas directamente pelo Estado foi lançado em outubro e exigiu uma adaptação das regras para incluir critérios de seleção que «ajudem a promover» o que o Governo julga «mais relevante», adiantou Assunção Cristas.

«Para permitir, por exemplo, que beneficiávamos jovens agricultores ou proprietários de terras confinantes para aumentar as suas explorações ou, em caso de empate que seriam privilegiados modos de produção mais sustentável, como o modo de produção integrado ou biológico», explicou a ministra.

Fonte: Lusa

 

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