APH testou competências de futuros engenheiros agrónomos

O valor da nova geração de futuros engenheiros agrónomos foi posto à prova nas “24h Agricultura Syngenta”, que decorreu entre 9 e 10 de abril, no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa.

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Os 150 alunos envolvidos nesta competição formativa «passaram no teste com distinção», considera a Associação Portuguesa de Horticultura (APH), em comunicado, que validou as suas competências em provas que simulam o contexto real do mercado de trabalho, ajudando os alunos na transição para a vida profissional.

A primeira edição do evento encerrou com um balanço «extremamente positivo, reconhecido por todos os participantes e parceiros desta iniciativa inédita em Portugal».

Num roteiro de mais de 20 provas, que duraram 24 horas consecutivas, os alunos foram desafiados a testar conhecimentos técnicos, bem como competências de gestão de tempo, trabalho em equipa e resistência à pressão.

Participaram cerca de 8% dos alunos do ensino superior agrário nacional, provenientes de todo o país.

«A estória da competição desenrolou-se a partir da estruturação de um plano estratégico de negócio para uma exploração agrícola, seguindo-se um carrossel de provas: diagnóstico de problemas fitossanitários numa vinha; cálculo dos tratamentos e qualidade da pulverização, calibração de pulverizadores, preparação de caldas com mediação de pH através de equipamentos de precisão», acrescenta a organização.

Na componente de mecanização, os alunos aprenderam a conduzir um trator guiado por GPS e a montar um pulverizador; simularam sementeira de precisão de milho e calcularam a fertilização ultra-localizada.

Foram ainda desafiados a programar a rega, fertilização e os tratamentos fitossanitários para uma cultura, através de uma aplicação em tablet.

Na vertente de pós-colheita analisaram a qualidade de framboesas, classificando-as por categorias comerciais.

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Os alunos enfrentaram ainda provas teórico-práticas como o dimensionamento de estufas, cálculos de fertilização e necessidade de água, bem como de eficiência do uso da água.

Responderam a desafios comportamentais, como a gestão de crises, tendo de enfrentar perguntas duras numa conferência de imprensa.

Testaram ainda competências de comunicação numa situação de crise na exploração agrícola, perante jornalistas e realizaram um peddy paper noturno incluindo perguntas que visaram testar a aprendizagem dos conteúdos assimilados durante a jornada.

Nas palavras do presidente da APH o evento demonstrou «aos futuros profissionais que os saberes não chegam, são necessárias competências para fazer acontecer, em ambientes organizacionais e sociais de grande complexidade».

«O know-how e know-who adquirem-se nestes círculos e não no ambiente conservador do ensino superior agrário nacional», afirma Domingos Almeida, também professor de Agronomia na Universidade de Lisboa.

«A Associação Portuguesa de Horticultura irá continuar a proporcionar à futura geração de agrónomos oportunidades para se testarem e desenvolverem. Fiquei espantado com a dedicação e resiliência das equipas e do verdadeiro espírito de missão que testemunhei. Ninguém vacilou, mesmo em condições de extremo cansaço físico e esforço intelectual. Temos de ajudar esta geração de elevado valor a ir mais além», acrescenta o presidente da APH.

Por seu turno, a IAAS Portugal, Associação Internacional de Estudantes de Agricultura, parceira da APH na organização, destaca a «mais-valia deste evento para os futuros engenheiros agrónomos, pelos contactos e laços que pudemos estabelecer com empresas e profissionais do setor, cujos ensinamentos nos servirão de base para realizar um melhor trabalho na tão nobre atividade agrícola».

A definição, coordenação e avaliação das provas foi realizada pela APH, IAAS e Sfori, em estreita parceria com os patrocinadores do evento. 

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