AMPV propõe criação de Rede de Aldeias Vinhateiras

A Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) propôs aos seus associados a criação de uma rede das aldeias vinhateiras, que visa a promoção e valorização socioeconómica das aldeias que têm no vinho o seu elemento diferenciador.

aldeias vinhateiras

«Entendemos que é importante promover a nível nacional uma rede de aldeias vinhateiras, baseando-nos numa experiência que foi feita no Douro, com seis aldeias vinhateiras. Esta rede terá muito a acrescentar em termos de oferta futura de enoturismo», sustentou o secretário-geral da AMPV.

No final de uma reunião da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV,) que decorreu em Nelas, José Arruda frisou que gostaria que ficassem identificadas até junho de 2016 as aldeias que irão integrar esta rede.

«Numa primeira fase teremos ainda de decidir que modelo iremos seguir, dando início a uma associação de raiz ou criando uma rede nacional assente na experiência da rede das aldeias vinhateiras do Douro, que se iniciou em 2010 e constituiu-se em associação em 2013. O ideal seria pegar neste modelo que há no Douro e transformá-lo num modelo nacional», acrescentou.

O secretário-geral da AMPV está convencido de que a associação das aldeias vinhateiras do Douro, à qual pertencem Salzedas, Ucanha, Favaios, Barcos, Trevões e Provesende, irá aceitar o desafio de integrar uma rede nacional.

«Vamos trabalhar nisso e, no dia 21 de março, vamos ter uma assembleia geral da AMPV para aprovar o modelo a seguir», referiu.

No seu entender, este projeto tem todas as condições de vingar e de ser um sucesso, já que nas visitas que vão fazendo pelo país percebem que «em todos os municípios há pequenos núcleos urbanos e sobretudo rurais onde o tema do vinho tem um papel muito importante, a nível económico, cultural ou social e que está a ser mal explorado».

José Arruda revelou ainda que com esta rede pretendem criar um projeto nacional integrado e estruturado, que possa «sustentar a elaboração de candidaturas para captação de financiamento para requalificar e dinamizar esses territórios».

O responsável da AMPV apontou ainda que atualmente conta com mais de 80 associados e que, nas reuniões que foram sendo feitas pelo país, em todos os municípios têm sido indicadas aldeias vinhateiras, não só no continente, como na Madeira e nos Açores.

«Não temos um número de quantas aldeias poderão integrar esta rede, mas, como temos 80 municípios associados, serão mais de 100 ou até 200», concluiu.

Fonte: Lusa 

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