Agroalimentar português à conquista da China

Conservas, vinhos, sumos de frutas, concentrados de tomate e outros produtos agroalimentares portugueses estão a implantar-se gradualmente no mercado chinês, concretizando uma «aposta prioritária» do setor, indica um técnico da associação empresarial PortugalFoods.

«Há uma crescente procura por parte da China. Viemos com oito empresas, mas se tivéssemos conseguido mais espaço, podíamos ser 12», disse João Carvalho, da divisão de marketing da PortugalFoods, acerca da participação portuguesa na SIAL China 2015, concluída no fim-de-semana em Xangai.

Trata-se da edição chinesa do Salon International Alimentaire (SIAL), que atraiu este ano cerca de 2.750 expositores de mais de 50 países e regiões.

Criada em 2009 para promover internacionalmente o setor agroalimentar português, a Portugalfoods participou pela quarta vez no certame, considerado um dos maiores do género na Ásia.

«A China é um mercado difícil, com elevados desafios, mas também com oportunidades significativas», realçou João Carvalho.

Segunda economia mundial e vasta população com crescente poder de compra, a China foi definida pela PortugalFoods como uma das suas «apostas prioritárias» fora da União Europeia, ao lado dos Estados Unidos e do Médio Oriente.

«Cada mercado tem as suas particularidades», salientou.

O Médio Oriente, por exemplo, tem o maior consumo de doces per capita, e na China e na Ásia em geral, as conservas são produtos com grande aceitação, referiu o técnico.

João Carvalho apontou o caso de uma conserveira que «já exporta cerca de 1,5 milhões de euros por ano» para a China.

As oito empresas reunidas no stand da PortugalFoods em Xangai foram: Licobidos, Conserveira do Sul, Du Bois de la Roche, Mount of Louzeiras, Sugal Alimentos, Nutricafes, Nutrigreen e Conservas Portugal Norte.

Através de agentes ou importadores locais, estiveram também presentes a Serrata, Casa do Crespo - Fábrica de Doçaria, Mathias II, Sumol+Compal, Danesita, Casa Anadia, Vinilourenço, Porto World e Sogrape.

O certame coincidiu com um bom momento das relações comerciais e económicas luso-chinesas.

Pelas contas da Administração-geral das Alfândegas Chinesas, em 2014, as exportações portuguesas para a China cresceram 18,8% em relação ao ano anterior, ultrapassando pela primeira vez 1.600 milhões de dólares (1.428 milhões de euros).

Fonte: Lusa 

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