Agricultores portugueses «preocupados com o futuro da floresta»

Os agricultores portugueses estão «preocupados com o futuro da floresta».

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«Não estamos a culpar este Governo», sublinhou o presidente da CAP; «estamos preocupados com o futuro da floresta», disse. O presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP), João Machado, debateu esta terça-feira as novas regras do ordenamento florestal com o ministro da Agricultura, Capoulas Santos.

A declaração de João Machado surgiu na resposta à consideração do ministro sobre o curto espaço de tempo entre a tomada de posse deste Governo socialista e a aprovação da reforma da floresta em Conselho de Ministros.

«Não sabemos qual foi a avaliação do programa que está em vigor e que já devia ter sido tornada pública (…) a avaliação e as metas para o ano 2016 são largamente ultrapassadas e achamos o ónus deveria ter sido colocado em cima do combate aos incêndios», defendeu João Machado.

Capoulas Santos sublinhou que o Governo está «pela primeira vez em muitos anos a encetar uma profunda reforma da floresta» com «um conjunto de medidas coerentes e articuladas entre si vertidas em 12 diplomas legais que visam resultados imediatos, no curto prazo, no médio prazo e no longo prazo».

João Machado considera que a reforma «não atinge o cerne do problema», aliás, tal como a Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA).

O ministro da Agricultura apontou que o Governo identificou dois grandes problemas na gestão floresta: «a falta de gestão profissional (milhares de hectares que nem se sabe a quem pertencem)» e a necessidade «ordenar a floresta».

«Este ano ser o melhor ou pior é indiferente; estamos a querer fazer algo de novo e decisivo», declarou Capoulas Santos.

«A avaliação do plano, que tem 10 anos, criado em 2006 por um Governo também do PS nunca foi divulgada naquilo que diz respeito ao combate aos incêndios. É nessa matéria que as metas a 10 anos foram largamente ultrapassadas», esclareceu ainda o presidente da CAP.

Entre as novas medidas, está a criação do cadastro de terras, gratuito por dois anos, a redução da área plantada de eucalipto e um maior envolvimento dos municípios na fiscalização dos territórios florestais para prevenir a ocorrência de incêndios.

Fonte: Renascença 

Foto: Ana Clara

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