€500 milhões de apoios comunitários para investimentos na floresta

O secretário de Estado das Florestas disse, em Mondim de Basto, haver nos fundos comunitários 500 milhões de euros para o setor florestal, atividade que o presidente da Câmara diz ter «grande importância» económica no concelho.

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«Há um conjunto de medidas no âmbito do Portugal 2020 que vão apoiar a floresta e os baldios», assinalou Amândio Torres.

Os fundos europeus, disse, podem contemplar vários tipos de projetos na fileira, incluindo a manutenção de povoamentos e instalação, para além de apoios para as empresas que fazem a exploração florestal. Amândio Torres disse que os fundos comunitários para o setor dão prioridade às zonas dos baldios.

A convite do presidente da Câmara, o secretário de Estado deslocou-se a Mondim de Basto para assistir à apresentação de uma caracterização florestal do concelho.

Participou também numa reunião de trabalho com as 14 Unidades de Gestão de Baldio.

O presidente da Câmara de Mondim de Basto, Humberto Cerqueira, manifestou-se atento às leis do baldio, que estão em discussão na Assembleia da República, lembrando que 80% da área do concelho está ligada, direta ou indiretamente, à floresta.

«É uma atividade muito importante no município, não só pela madeira e pela resina, mas também do ponto de vista dos recursos naturais e paisagísticos é uma marca fortíssima deste território», comentou.

O autarca aproveitou a visita do secretário de Estado para mostrar, no concelho, alguns «bons exemplos» da gestão de baldios em benefício das populações.

Sobre o modelo de gestão dos baldios, matéria que foi analisada na reunião de trabalho, o presidente da Câmara de Mondim de Basto, disse não ter uma posição assumida sobre o assunto, mas lembrou não haver «modelos perfeitos». «Por questões de tradição, parece-me que a população deve ter uma participação importante na gestão dos baldios», assinalou.

Recordou que tem sido possível ao seu município «trabalhar de forma franca e aberta» com os baldios, através do gabinete técnico florestal, algo que, previu, poderá ser reforçado no futuro.

O secretário de Estado afirmou, a propósito, haver na Assembleia da República «uma certa convergência naquilo que é fundamental alterar relativamente à lei dos baldios em vigor».

No novo quadro legal, disse, aponta-se no sentido do reforço das competências técnicas dos baldios para melhorar a gestão da floresta, num quadro de maior autonomia face ao Estado.

Fonte: Lusa

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