500 milhões da UE? Agricultores portugueses dizem que «é insuficiente»

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A Comissão Europeia anunciou um pacote de 500 milhões de euros para apoiar os agricultores europeus em dificuldades.

A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal (Confagri), que participou ativamente na manifestação em Bruxelas no dia 7 de setembro, considera que este pacote «é uma resposta direta da Comissão Europeia à grande mobilização dos agricultores e dos representantes das Cooperativas Agrícolas em Bruxelas».

«Consideramos que a resposta da Comissão, através deste pacote de medidas, é positiva, mas ainda insuficiente face à gravidade da situação», avança a Confagri em comunicado.

A Confederação recorda que em relação ao setor do leite, a Comissão propõe: «- alterações ao nível das medidas de Intervenção, nomeadamente a revisão dos valores para a sua activação, sendo certo que o processo legislativo para o efeito será sempre demorado; - antecipação do pagamento das ajudas aos agricultores, de dezembro para 16 de outubro de 2015. A Comissão autoriza que Portugal faça o adiantamento de 70% dos pagamentos das ajudas diretas e o adiantamento de 85% dos pagamentos das ajudas do desenvolvimento rural nos setores pecuários, medidas aliás já antes reivindicadas reivindicação pela Confagri e por isso positivas».

«No entanto, estes adiantamentos estão dependentes da eficácia da Administração Pública Portuguesa, nomeadamente os controlos “in loco” aos agricultores, pelo que apelámos as sentido de responsabilidade das entidades envolvidas», avisa a Confagri.

Para os suínos, a Comissão propõe abrir a armazenagem privada, pela segunda vez, mas num período ainda menos favorável ao consumo, e que não irá resolver o problema, recordam os agricultores, adiantando que «pelo que é mesmo a solução menos favorável. Propõe, também, o aumento da comparticipação de 50% para 70-80% em programas de promoção».

Para os bovinos, «a CE propõe a antecipação das ajudas diretas e de desenvolvimento rural, a pagar a 16 de outubro, nas mesmas condições referidas anteriormente para o leite».

«Tanto a nível europeu através da COGECA, como em Portugal junto da Tutela, a Confagri vai continuará a pugnar para que as medidas agora determinadas sejam implementadas com celeridade, pois a situação dramática dos agricultores e das suas cooperativas agrícolas assim o exige», conclui a Confagri.

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