UE: o futuro sem quotas de açúcar

A partir de 1 de outubro de 2017, na União Europeia (UE) não haverá quotas de açúcar nem de isoglucose nem tão pouco um preço mínimo para o açúcar, que atualmente está em 29,29 euros a tonelada. 

acucar

Muitas são as incógnitas do que pode vir a acontecer. O setor da beterraba de açúcar UE conta com 139 mil produtores de beterraba e 30 mil trabalhadores na indústria açucareira, de acordo com dados de 2014. 

A Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu elaborou uma informação na qual apresenta três possíveis cenários depois do fim das quotas, em função da evolução do preço internacional do açúcar. 

No primeiro cenário mantem o atual valor do açúcar em 350 euros a toneladas. Com estas descidas de preços era seria necessária uma reestruturação da indústria açucareira europeia.

A superfície destinada ao cultivo de beterraba diminuía, mas esta descida é compensada com o aumento dos rendimentos.

A produção de açúcar aumentava ligeiramente até 17 milhões de toneladas e o consumo caía assim como também as importações. Pelo contrário, as exportações cresciam, o que levaria a UE a aproximar-se mais do autoabastecimento.

No segundo cenário, o preço mundial de açúcar reduzia para 250 euros a tonelada. Neste caso, a indústria precisava de uma profunda reestruturação que implicava o encerramento de fábricas.

A superfície cultivada de beterraba reduzia e a produção concentrava-se nas regiões competitivas. A produção de açúcar descia para 16 milhões de toneladas e as importações aumentavam, com o que a UE convertia-se num importador líquido de açúcar. 

No terceiro cenário, o preço global subia até os 500 euros a tonelada como consequência da meteorologia desfavorável nas regiões produtoras e/ou a recuperação económica ou ainda o aumento do preço do combustível. Neste cenário otimista, a produção de açúcar na UE poderia atingir as 18,7 milhões de toneladas e passar a ser um exportador líquido.

Fonte: Agrodigital

Regiões

Notícias por região de Portugal

Tooltip