Suinicultura: gabinete de crise defende que produto diferenciado é o caminho

O gabinete de crise da suinicultura portuguesa reuniu-se com cerca de 100 produtores em Leiria, defendendo que a criação de um produto diferenciado com «uma qualidade inequívoca» é «o caminho» para melhorar a situação do setor.

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«Os suinicultores têm de caminhar no sentido de desenvolverem um produto diferenciado e com uma qualidade inequívoca», afirmou o porta-voz do gabinete de crise da suinicultura, João Correia, após a reunião realizada com 100 suinicultores na Associação Empresarial da Região de Leiria (NERLEI).

Para João Correia, esta «poderá ser a solução da crise» que se vive no setor, apontando para o caso da Suécia que, confrontada com um país vizinho que é um «gigante da produção», a Dinamarca, optou por implementar uma marca de porco sueco, mais cara e com mais qualidade.

De momento, está a ser avaliado e analisado um caderno de encargos entre o gabinete de crise e a federação das associações de suinicultores, para se criar uma marca para essa carne de porco «diferenciada», que poderá estar definido dentro de «um mês ou mês e meio», avançou.

Até ao final do verão, o grupo pretende ter já «carne de excelência identificada e posta à venda», sendo ainda necessário definir o “naming” da marca.

Para a carne poder ser vendida com a identificação dessa marca, terá de cumprir determinados critérios, em áreas como a «genética ou o bem-estar animal», sendo que haverá requisitos não apenas para a produção mas também para o abate, talhos e desmanche, explanou. «Não vai ser algo rápido de se implementar e teremos de alterar algumas mentalidades», referiu.

No entanto, segundo João Correia, este será «o caminho correcto para que o consumidor final» exija aos produtores «cada vez mais e melhor», podendo também potenciar a exportação da carne.

De acordo com o porta-voz do gabinete, já há «vários produtores» que produzem «carne de excelência» dirigida para nichos de mercado, mas é preciso haver mais suinicultores para que este tipo de carne possa «ter algum peso». «Entendemos que é um produto que se vai vender por si só», salientou.  

Fonte: Lusa

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