São Tomé e Príncipe: agronegócio em destaque na missão empresarial da Câmara Agrícola Lusófona

A Câmara Agrícola Lusófona realizará uma missão empresarial a São Tomé e Príncipe, a partir de sábado (13 de fevereiro), para potenciar a criação de novas parcerias comerciais entre os são tomenses e os países lusófonos, nomeadamente com Portugal, disse o presidente da organização.

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«A missão empresarial da Câmara Agrícola Lusófona (CAL) a São Tomé e Príncipe tem como objetivo criar novas parcerias comerciais», disse o presidente da CAL, Jorge Correia Santos, citado pela Lusa.

«A CAL tem como missão incentivar a dinamização do agronegócio e reforço da competitividade das empresas através de ações de promoção e cooperação que favoreçam a internacionalização, o empreendedorismo, a divulgação de conhecimento e a identificação de oportunidades de negócio», afirmou.

Segundo Jorge Correia Santos, os associados da CAL «são membros dos Estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)», tendo sido esta organização constituída em 1999, com sede em Lisboa.

De acordo com o responsável, «São Tomé e Príncipe é um país que atualmente busca projeção internacional com vista à criação de oportunidades que possam ser materializadas. O desenvolvimento local ao nível das atividades agrícolas e comerciais proporcionará dinamismo económico local, criando emprego e riqueza».

«O conhecimento que as empresas portuguesas possuem no setor do agronegócio constitui uma enorme vantagem competitiva em São Tomé, onde as relações comerciais com Portugal são amplamente favoráveis aos portugueses», acrescentou.

Portugal, segundo a CAL, é o maior fornecedor de bens e serviços a São Tomé, garantindo mais de 60% das compras do país africano lusófono ao exterior, sendo os principais produtos agrícolas locais o cacau, o café, a pimenta, a banana, o óleo de palma, entre outros.

A agricultura são-tomense tem uma grande importância na repartição do Produto Interno Bruto por setor, representando 23% do total do PIB, ficando apenas atrás do comércio (28%), o setor com mais peso no país, segundos dados do African Economic Outlook/2014, citados pela CAL.

O presidente da organização lusófona explicou que, maioritariamente são empresas portuguesas que participam nessas missões empresariais, mas que os demais membros lusófonos são sempre «muito bem-vindos».

Durante a missão em São Tomé e Príncipe, que vai decorrer até ao dia 20 de fevereiro, os empresários manterão contacto com autoridades são-tomenses, autoridades portuguesas (embaixada de Portugal e representante da AICEP), reuniões com federações/câmara de comércio do setor são tomense, entre outras atividades.

Terão a oportunidade de assistir a um seminário sobre o agronegócio em São Tomé, receber ainda informações jurídicas sobre os trâmites legais na importação e exportação e outros temas.

A missão empresarial a São Tomé e Príncipe está inserida no programa de internacionalização do setor do agronegócio da CAL, que é comparticipada parcialmente pelas iniciativas União Europeia-Portugal 2020 e COMPETE 2020.

Essa missão a São Tomé e Príncipe é a segunda das 10 ações programadas pela CAL para 2016, tendo a primeira missão empresarial decorrido no final de janeiro/início de fevereiro na Guiné-Bissau.

A CAL vai realizar ainda ações na Guiné Equatorial (duas, em março e dezembro), Moçambique (maio), Cabo Verde (Feira Agronegócio/maio), Angola (junho), Brasil (Feira ExpoAgas Expointer/agosto), Guiné-Bissau (setembro/outubro) e organiza ainda um 'Agroforum', dentro do Portugal Agro (Lisboa/novembro).

Jorge Correia Santos disse que outras missões empresariais poderão futuramente ser realizadas para países como a Turquia e o Senegal (observadores associados da CPLP), entre outros, e ainda que, brevemente, uma plataforma online com todo o tipo de informações sobre agronegócio será disponibilizada para os sócios da CAL. 

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