Resultado Líquido Consolidado do Crédito Agrícola a março de 2023 ascende a 95,8 milhões de euros

O Resultado Líquido do Grupo Crédito Agrícola, durante o 1º trimestre de 2023, cifrou-se em 95,8 milhões de euros, representando uma rentabilidade de capitais próprios de 18,4% e para a qual concorreram os contributos positivos das principais componentes do Grupo (banca, seguros vida e não vida e gestão de ativos).

A variação homóloga verificada no Resultado Líquido foi influenciada por:

    • Crescimento de 59,5% do Produto Bancário Core para 214,5 milhões de euros (+80,0 milhões de euros), impulsionado por:
      • Aumento da margem financeira em 103,6% para 153,4 milhões de euros (+78,1 milhões de euros face a março de 2022), tendo em conta o impacto positivo da evolução das taxas Euribor no rendimento da carteira de títulos e carteira de crédito do Grupo, parcialmente penalizado com o aumento do custo dos depósitos de clientes;
      • Aumento de comissões líquidas em 16,7% para 38,8 milhões de euros (+5,6 milhões de euros face a março de 2022), com origem nas comissões interbancárias, de crédito e de gestão de contas.
    • Em sentido contrário pela:
      • redução da margem técnica de seguros em 14,0% para 22,3 milhões de euros (-3,6 milhões de euros face a março de 2022);
      • aumento dos custos de estrutura em 11,9% para 101,6 milhões de euros (+10,8 milhões de euros face a Março de 2022), para o qual contribuem o crescimento de custos com pessoal em 15,3% para 62,7 milhões de euros (+8,3 milhões face a março de 2022), em parte justificado pelo impacto das atualizações da tabela salarial efectuadas em Junho de 2022 (incluindo retroactivos de 2021) e em fevereiro de 2023 (esta última de 4% com efeitos desde o início do ano, aplicado ao universo de colaboradores do Grupo).
    • A variação positiva do resultado líquido no 1º trimestre de 2023 é igualmente influenciada por resultados, não recorrentes, obtidos durante o 1º trimestre, relacionados com ganhos líquidos com operações financeiras, no valor de 6,5 milhões de euros (face aos -5,8 milhões de euros registados no 1º Trimestre de 22).

As empresas de seguros tiveram um contributo para o Resultado Líquido do Grupo de 3,9 milhões de euros, tendo a CA Vida apresentado um resultado líquido no 1º trimestre de 1,0 milhão de euros e a CA Seguros de 3,0 milhões de euros.

A carteira de crédito (bruto) a clientes[1] do Grupo registou uma redução de 0,7% face a Dezembro de 2022 (-82,6 milhões de euros) para 11,9 mil milhões de euros, o que representa uma quota de mercado em crédito concedido a clientes de 5,65%[2].

O rácio bruto de Non Performing Loans (NPL) continuou a sua trajectória descendente, situando-se em 5,0% do total da carteira, registando uma melhoria em 1,7 p.p. face aos 6,7% que se verificavam no 1º Trimestre de 22. Em termos absolutos, a carteira de NPL registou uma redução de 760,1 milhões de euros em Março de 2022 para 580,2 milhões de euros em Março de 2023 (-23,7% face ao homólogo), demonstrando a contínua melhoria da qualidade da carteira de crédito do Grupo. A cobertura de NPL por imparidades de NPL e por colaterais aumentou para 142,4% (+5,2 p.p. face a março de 2022), a cobertura de NPL por imparidades de NPL e por colaterais (FINREP)[3] aumentou para 89,7%, (+0,8 p.p. face a março de 2022) e a cobertura de NPL por imparidades de crédito subiu para 62,2%, (+19,1 p.p. face a março de 2022).

Durante o 1º trimestre de 2023, os imóveis detidos para venda pelo Grupo CA reduziram-se em 2,2% para 309,8 milhões de euros (exposição líquida directa e indirecta).

O Grupo Crédito Agrícola continuou a apresentar níveis de solvabilidade e liquidez robustos e significativamente acima dos níveis regulamentares mínimos. Em março de 2023:

    • os rácios CET1 e de fundos próprios totais ascenderam a 20,4% (incluindo resultado líquido do período);
    • o rácio de alavancagem ascendeu a 8,7% (incluindo resultado líquido do período);
    • o rácio de cobertura de liquidez (LCR) cifrou-se em 526,3% e o rácio de financiamento estável (NSFR) atingiu 164,8%.

No final do 1º trimestre de 2023, os recursos de clientes sob a forma de depósitos bancários ascendiam a 19,7 mil milhões de euros, registando-se um decréscimo de 3,3% face a dezembro de 2022, correspondente a -666 milhões de euros. Os recursos de clientes em seguros de capitalização e fundos de investimento comercializados pelo Grupo Crédito Agrícola aumentaram para 2.025 milhões de euros em 31 de março de 2023, um aumento de 0,4% face a 31 de dezembro de 2022.

No final de 31 de março de 2023, o total de liquidez (soma do buffer de liquidez e do montante de depósitos à ordem junto do Banco de Portugal) do Crédito Agrícola ascendia a aproximadamente 7,5 mil milhões de euros, representando cerca de 37,9% em proporção do total de recursos de clientes, à mesma data.

Com referência à mesma data:

    • 80,5% dos depósitos de clientes beneficiavam de garantia do Fundo de Garantia de Depósitos;
    • 78% do total de depósitos correspondiam a depósitos de clientes particulares e 22% a depósitos de empresas;
    • O montante médio por cliente era de aproximadamente 13 mil euros.

A dinâmica de crescimento reflectiu-se igualmente no crescimento da base de clientes do Grupo CA, tendo-se verificado acréscimos líquidos de clientes Empresa de 2,1% e de clientes Particulares de 6,5%, em comparação com o período homólogo.

A estratégia de digitalização e de investimento nos canais e experiência digitais do Grupo Crédito Agrícola tem vindo a impulsionar o aumento da utilização de canais não presenciais, bem como da penetração destes na base de clientes. O peso dos clientes com adesão online activa aumentou, em março de 2023 face ao período homólogo, cerca de 2,6 p.p. nos clientes particulares (penetração de 43,0%) e de 2,4 p.p. nas empresas (aumento da penetração para 74,9%).

De acordo com Licinio Pina, Presidente do Grupo Crédito Agrícola, “é importante referir que os resultados líquidos obtidos no primeiro trimestre de 2023 reflectem a actual situação económica e as condições de mercado, mais positivas do que era expectável, e que vieram impulsionar, de uma forma mais rápida, os níveis de crescimento sustentáveis que temos vindo a apresentar, ano após ano. Devido à conjuntura que as famílias e as empresas atravessam, o Banco tem vindo a reforçar os seus fundos próprios, com o objectivo de dar resposta às necessidades mais urgentes dos seus Clientes. Importa, ainda, salientar que o Crédito Agrícola registou um incremento na base de clientes, quer no segmento Empresas, quer no segmento Particulares, o que tem contribuído para que o Grupo CA se mantenha um Banco sólido, resiliente e que contribui diariamente para a economia das comunidades onde se encontra.”

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