Produtores de fruta antecipam colheitas devido ao calor

A Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Legumes não esconde a preocupação. As altas temperaturas estão a forçar colheitas antes do tempo, com quantidades reduzidas e preços mais baixos.

Domingos dos Santos é presidente da Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Legumes e explica que nesta altura, quando se devia estar a preparar as colheitas, estas foram antecipadas devido ao calor que tem afetado o país.

As produções de pêra rocha e maçã são as mais afetadas por este cenário.

O problema, indica Domingos dos Santos, são os prejuízos que esta situação acarreta. A colheita antecipada significa uma redução da quantidade e da qualidade.

A fruta tem um tamanho mais pequeno. Por não ter o calibre ideal é depois vendida a um preço mais baixo. Por agora, Domingos dos Santos não quis antecipar o valor dos prejuízos que este panorama vai implicar.

Domingos dos Santos descreveu um cenário que tem tudo para piorar já que as reservas começam a ficar vazias um pouco por todo o país.

Como se não bastasse, o presidente da Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas lembra que este ano tem chovido muito pouco, as temperaturas têm estado muito altas e tem havido muito vento.

Para a época de colheitas, que agora começa, o ideal é que o tempo seco se mantenha.

Se chover agora, Domingos dos santos, diz que isso não vem resolver nada, pelo contrário. A chuva, em grande quantidade, só servir para alagar os campos e estragar as produções. O ideal, remata, é que chova só no outono.

As colheitas antecipadas também já estão a acontecer nas vinhas. Isso mesmo relata Frederico Falcão. O presidente do Instituto da Vinha e do Vinho diz que há muitos agricultores que começaram a vindimar na semana passada, mas a antecipação do calendário não prejudica a qualidade.

Frederico Falcão explicou que, esta campanha, o «ano agrícola» está adiantado, por isso os produtores de vinho não estão a arriscar quando antecipam a colheita.

No final do mês de julho o Instituto da Vinha e do Vinho estimava um crescimento de 8 por cento na produção de vinho na campanha 2015/2016 face à campanha 2014/2015.

No entanto, e tendo em conta as atuais condições meteorológicas, este valor deverá ser revisto em baixa.

Fonte: TSF 

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