Portugal perdeu 26% das empresas agrícolas em dez anos

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Entre 2003 e 2013, desapareceram 26,4% das empresas agrícolas em Portugal. De acordo com dados do Eurostat, divulgados esta quinta-feira, em 2013 havia um total de 264 mil empresas agrícolas no país, que representam apenas 2,4% no universo dos Estados-membros, onde há quase 11 milhões de sociedades neste setor.

A superfície agrícola utilizada em Portugal também caiu, mas em menor escala (-2,2%, para 3 milhões e 642 mil hectares), o que significa que a concentração no setor aumentou, com a área média explorada por empresa a aumentar de 10,4 hectares para 13,8 hectares no período em causa.

A nível europeu a tendência é semelhante, indica o Eurostat.

Em dez anos, uma em cada quatro empresas agrícolas deixou de existir, mas a superfície agrícola utilizada para o cultivo permaneceu praticamente estável. 

«Isto significa que houve um aumento da concentração agrícola com a média de hectares detidos por empresas a aumentar 38%, de 11,7 hectares para 16,1 hectares», indica o gabinete de estatísticas da UE.

Portugal é o país onde há mais agricultores acima dos 65 anos, realidade que se mantém nos últimos anos e que o INE também sublinhou, em 2014, no seu Inquérito à Estrutura das Explorações a Agrícolas.

Mais de metade dos produtores portugueses têm mais de 65 anos e não há nenhum outro país europeu que acompanhe Portugal nesta tendência.

O mais próximo é a Roménia, com 41% dos agricultores com idade superior a 65 anos. A média da UE é de 31,1%, o que significa que, em termos globais, a maior fatia dos produtores está nesta faixa etária.

O Eurostat avança ainda que apenas 6% dos agricultores na UE tem menos de 35 anos (em Portugal a percentagem é 2,5%) e 15,2% com idades compreendidas entre 35 e 44 anos. 

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