Portugal atingiu 100% do PRODER

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Portugal alcançou esta segunda-feira, 8 de junho, 100% de execução do PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural, atingindo, seis meses antes do final do prazo, 4700 milhões de euros para a agricultura, anunciou o vice-primeiro ministro, Paulo Portas.

«Este é efetivamente um dia que faz história na política agrícola em Portugal», afirmou Paulo Portas que celebrou, em Santarém, «a execução total do PRODER», o que significa que «4.700 milhões de euros foram para o investimento na agricultura», entre fundos comunitários e comparticipação nacional.

A meta, atingida pela primeira vez em Portugal, representa, segundo Paulo Portas, o apoio a «31 mil projetos agrícolas», dos quais «10.500 direcionados para a modernização» das explorações agrícolas, tendo 1.400 milhões de euros sido aplicados «na transformação e comercialização» dos produtos e das marcas portuguesas.

O investimento, sublinhou ainda Paulo Portas, permitiu «a criação de 45 mil postos de trabalho» e foi demonstrativo do empenho do setor agrícola que «ultrapassou os 20% de exportações no setor agroalimentar, agroindustrial e agroflorestal».

Cinquenta por cento dos jovens agricultores apoiados «têm já formação superior», sublinhou o governante, recordando que o número de agricultores que se instalaram em Portugal com projetos empresariais aumentou de 2.200 no anterior Quadro Comunitário de Apoio (QCA) para 5.500 atualmente.

«O PRODER começou tarde e deficiente», mas «terminou bem e eficiente», afirmou, recordando que em 2011, o programa «estava nuns muito modestos 30% de execução» e, quatro anos depois, atingiu «um valor histórico».

Portugal «que chegou a ser o pior país» na execução do PRODER «termina no pódio, como país líder na aplicação dos fundos comunitários que permitem investir na agricultura, criar riqueza, corrigir o défice agroalimentar no nosso mundo rural, fazer exportações e contribuir para a recuperação do país», frisou.

A meta, atingida seis meses antes do final do prazo, deveu-se por um lado, à «confiança dos agricultores e a eficiência dos serviços», mas também ao facto de o Governo entender que «a política agrícola, governe quem governe», tem de ter «centralidade política», não podendo estar «na periferia da importância dos governos ou na periferia das prioridades» governamentais.

Sem isso, considerou, «não é possível atingir resultados de 100%», como os conseguidos, «não em tempo de vacas gordas, mas de restrição», em que o Governo «manteve e aumentou o esforço de investimento na agricultura», numa demonstração de que «sabia o valor acrescentado que o crescimento, o investimento, o contributo para as exportações e para o emprego tinham no setor agrícola».

Portas falava em Santarém num jantar comemorativo das metas atingidas pelo PRODER, que contou com a presença da ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas e que reuniu cerca de três centenas de membros de organizações agrícolas e organismos tutelados pelo Ministério da Agricultura.

Fonte: Lusa 

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