Porco alentejano vence prémio de charcutaria em Nova Iorque

O porco alentejano, criado e produzido pelo criador português Rodrigo Duarte nos Estados Unidos, ganhou o prémio na categoria de melhor gordura de porco no concurso Charcuterie Masters, em Nova Iorque.harcuterie Masters é considerado um campeonato nacional de charcutaria dos Estados Unidos da América (EUA) e decorreu, em paralelo com uma feira de charcutaria, na noite de sábado (madrugada de domingo em Lisboa) num salão emblemático de Nova Iorque, o Flushing Town Hall.

porco

Dois andares, duas salas, quatro dezenas de vendedores e concorrentes, 60 variedades de produtos, muitos cheiros e sabores fizeram a edição de 2019 de um prémio nacional, que, através dos seus participantes, se estendeu ao vizinho Canadá, Inglaterra e a Portugal.

O prémio para o porco alentejano, o sétimo ganho pela empresa portuguesa neste concurso, significa muito para Rodrigo Duarte, imigrante português que em 2006 abriu o mercado de produtos gourmet Caseiro e Bom em Newark, Estados Unidos.

«É muito importante para Portugal, para a nossa raça portuguesa e para desenvolver a cultura portuguesa», diz Rodrigo Duarte, citado pela Lusa, que considera que a carne de origem portuguesa tem «extrema qualidade», «um paladar excelente» e está a ser reconhecida nos EUA.

O porco alentejano «é uma raça extraordinária, com poder tremendo de charcutaria», descreve o suinicultor.

«É um facto, nós somos portugueses no meio dos americanos a lutar com produtos típicos portugueses, de forma que é um bocado duro», reconhece Rodrigo Duarte, dizendo que «temos que ser persistentes e continuar sempre a bater na mesma tecla: o que é português é bom».

Rodrigo Duarte orgulha-se de ser o primeiro a conseguir importar porcos portugueses e importar sémen de porco de pata negra para os Estados Unidos, através de um protocolo com o governo português.

Há quatro anos, a visão de negócio passou a ser partilhada em escolas dos EUA, ao receberem aulas de charcutaria lecionadas por Rodrigo Duarte e pela sua equipa para manter viva esta parte da cultura portuguesa, mesmo fora de casa.

«Se nos não sairmos de casa e não mostrarmos, ninguém vai a nossa casa ver como é que funciona a nossa cultura», reflete o emigrante português.

Na visão de Rodrigo Duarte, ainda há muitas oportunidades para desenvolver e promover a cultura portuguesa nos Estados Unidos e o futuro para isso é «risonho», sendo que promete continuar a trabalhar nesse sentido. 

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