PONG-Pesca promove debate sobre “Aquicultura: desafios e oportunidades”
A PONG-Pesca (Plataforma de Organizações Não Governamentais Portuguesas sobre a Pesca), organiza um debate sobre o estado e o futuro da aquicultura em Portugal no Auditório do Centro de Informação Urbana de Lisboa, no Picoas Plaza, Lisboa, no próximo dia 28 de novembro, às 17h00.
Face à crescente procura de pescado e produtos da pesca para alimentação humana, torna-se necessário encontrar alternativas sustentáveis que consigam responder às necessidades sem colocar em risco os ecossistemas que se apresentam frágeis.
A aquicultura é, cada vez mais, apontada como alternativa e é considerada como eixo estratégico para o desenvolvimento da economia do mar em Portugal. No entanto, o desenvolvimento da aquicultura levanta várias questões, nomeadamente sobre a integração
com os restantes usos do meio marinho e costeiro, mas também sobre os possíveis impactos ambientais, económicos e sociais.
A PONGPesca quer, desta forma, «ter um papel ativo na procura e definição de uma aquicultura responsável baseada em práticas ambientalmente sustentáveis. Uma gestão preventiva, baseada numa abordagem ecossistémica, que tenha em consideração a vulnerabilidade dos habitats marinhos e costeiros, assim como as relações entre as espécies e a capacidade de carga do ambiente devem ser aspetos chave a considerar para o desenvolvimento sustentável desta atividade».
O mote para o evento está dado sendo que a plataforma realça que «é determinante garantir a manutenção dos bens e serviços que os ecossistemas marinhos desempenham».
«É essencial que sejam definidas medidas prioritárias para garantir que a aquicultura em Portugal se desenvolve de forma sustentável, ambientalmente responsável, economicamente viável e socialmente equitativa», alerta Gonçalo Carvalho, coordenador da PONG-Pesca.
«A implementação de uma avaliação de impacte ambiental eficiente, em particular em áreas sensíveis, não pode ser deixada para segundo plano, especialmente num contexto em que cerca de um terço da área identificada como potencial para aquicultura se sobrepõe a áreas protegidas», acrescenta.
A PONG-Pesca pretende assim promover o debate sobre o estado e o futuro da aquicultura sustentável em Portugal, identificando as oportunidades assim como os maiores desafios.
