+PINHÃO - Gestão integrada de agentes bióticos associados à perda de produção do pinhão

O projeto +PINHÃO pretende desenvolver processos de diagnóstico e monitorização que permitam determinar o impacte de agentes bióticos na produção de pinhas e pinhão, com destaque para o sugador de pinhas, L. occidentalis. O projeto, do Instituto Superior de Agronomia (ISA), tem o INIAV enquanto parceiro.

Pinhão

Além disso, pretende determinar períodos de desenvolvimento da pinha em risco de acordo com o ciclo fenológico do pinheiro manso e o ciclo biológico dos agentes bióticos; desenvolver processos e produtos de controlo dos agentes bióticos que afetam a produção de pinhas e pinhão.

Com uma área atual de cerca de 176 000 hectares (IFN, 2013), o pinheiro-manso Pinus pinea L. é a espécie com maior incremento de área arborizada na última década. Esta espécie providencia rendimentos importantes aos proprietários florestais e à indústria de descasque do pinhão.

A produção de pinhão é atualmente uma das principais atividades económicas do setor florestal, representando 4-5% das exportações nacionais com um valor de 60-80 milhões de euros por ano e 13,3% do emprego na floresta (ICNF, 2013). O interesse deste setor é notório pelo expressivo aumento de 54% da área arborizada com pinheiro-manso no período entre 1995 e 2010.

Todavia, nos últimos anos, produtores e industriais foram confrontados com perdas alarmantes de produção de pinha e de pinhão. Como causas possíveis foi apontado um aumento da incidência de agentes bióticos nocivos, com destaque para o sugador das pinhas Leptoglossus occidentalis Heideman, espécie invasora, originária da América do Norte, detetada em Portugal pela primeira vez em 2010.

Tal como noutros países da bacia Mediterrânica, há uma enorme preocupação com o impacte negativo que L. occidentalis possa ter na produção de pinhão, quer pelo consumo direto, quer pela transmissão de fitopatogéneos.

Por outro lado, espécies nativas, como sejam o gorgulho das pinhas, Pissodes validirostris Sahlberg, e a traça das pinhas Dioryctria mendacella Staudinger, poderão, também, em conjugação com alterações climáticas e da fisiologia das árvores, ter aumentado a sua incidência (Pimpão, 2012). Urge assim encontrar medidas de gestão que permitam controlar os estragos e minimizar os prejuízos causados por estes agentes bióticos.

O objetivo central deste projeto é desenvolver estratégias de gestão integrada de agentes bióticos que afetam a produção de pinha e de pinhão, com destaque para L. occidentalis, visando-se a implementação de tecnologias e processos inovadores de diagnóstico, monitorização e controlo.

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