Peso da rainha à emergência como fator de selecção de Apis mellifera
Por Miguel Costa, Teresa Letra Mateus1, Ana Sofia Santos e André Halak
Um programa de melhoramento genético em Apis mellifera pode ser interpretado como um modelo complexo devido à diversificada estrutura genética interna de uma colónia de abelhas.
Em Apis mellifera a apreciação da qualidade de uma determinada estirpe é marcadamente mais difícil do que para outras espécies domésticas exploradas na produção animal, isto porque a peculiaridade de uma colónia de abelhas é expressa por uma combinação de diferentes actividades da abelha rainha e das abelhas operárias (Bienefeld et al., 2006).
A capacidade reprodutiva da abelha rainha é a principal característica que a diferencia das abelhas operárias, e que pode determinar a sua permanência na colónia.
Existem inúmeras causas de mortalidade de abelhas rainhas, como por exemplo, agentes patogénicos - fungos, ácaros, bactérias -, no entanto, à medida que as rainhas vão envelhecendo podem começar a manifestar sinais que as abelhas operárias identificam e que podem resultar na sua substituição por uma reprodutora jovem.
Os sinais podem ser a quebra no potencial de postura de ovos, a diminuição da ovopostura propriamente dita e o número de espermatozóides armazenados na espermateca.
Estes sinais não estão directamente relacionados com a longevidade da abelha rainha que poderá ir até aos 7 a 8 anos de idade, todavia estão relacionados com a sobrevivência da colónia resultando assim um ciclo de vida da abelha rainha muitas vezes mais reduzido, entre 1 a 3 anos (Page et al., 2001).
(Continua).
Nota: Este artigo foi publicado na edição n.º 21 da Revista Agrotec. Para aceder à versão integral, solicite a nossa edição impressa. Contacte-nos através dos seguintes endereços:
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