Pescas: chegou-se a acordo em Bruxelas

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Os pescadores portugueses poderão capturar em 2016, em águas nacionais, um total de 63.524 mil toneladas de pescado, mais 11,4% de pescado do que durante este ano.

A decisão foi tomada esta terça-feira, no Conselho de Ministros das Pescas da União Europeia, onde a nova ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, se estreou numa longa maratona negocial de 40 horas.

Citada pela TSF, Ana Paula Vitorino afirma que ficou garantido «que a nossa quota é muito superior àquilo que foram as capturas realizadas em Portugal».

O presidente da Associação dos Armadores das Pescas Industriais considerou, entretanto, que o acordo alcançado em Bruxelas sobre um aumento de 11,4% em 2016 das capturas em águas portuguesas «é uma vitória e uma janela de esperança».

Para Pedro Jorge a proposta da Comissão Europeia (CE) era extremamente negativa porque retirava a Portugal a possibilidade de pesca num conjunto de espécies que são importantes para o país e iria causar «grandes prejuízos económicos para os trabalhadores, empresas e para o país».

Segundo o acordo, o carapau é o peixe que pode ser mais capturado, tendo sido autorizada a pesca de 50.839 toneladas, seguindo-se o biqueirão (5.542 toneladas) e a pescada (3.097 toneladas).

Já no que toca ao bacalhau, está proposto um corte de 14% nas águas da Noruega, para as 2.365 toneladas, que deverá ser compensado com a cedência de uma reserva de 25.000 toneladas da quota global de verdinho. No Canadá, nos mares geridos pela Organização de Pescas do Atlântico Noroeste (NAFO), a quota sobe 1%, para 2.497 toneladas.

A quota de lagostim, um marisco com elevado valor comercial, sobe 26%, acima dos 20% inicialmente propostos pela CE, e a de raias mantém-se, quando inicialmente estava previsto um corte de 10%.

Também no caso do tamboril, o corte de 19% foi suavizado para 14%, após cerca de 40 horas de negociações.

A pescada é o 'stock' que mais desce, com um corte de 25% (inicialmente estava proposto um de 61%), havendo ainda uma baixa de 1% nas capturas de areeiro em águas portuguesas.

 

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