Perspetivas de ligeiro decréscimo na vindima de 2020

Segundo o Boletim Mensal de Agricultura e Pescas do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativo a agosto, nas vinhas para vinho, no final do mês de julho a maioria das castas encontrava-se entre os estados fenológicos L - cacho fechado e M - pintor, sendo que as mais precoces (brancas) já se encontravam no estado N - maturação, antevendose o arranque das vindimas durante as primeiras semanas de agosto.

Viticultura

A dispersão geográfica desta cultura, bem como as condições particulares das vinhas (nomeadamente as castas, as condições meteorológicas ao longo do ciclo, a exposição solar, a forma de condução e as intervenções culturais), conduziram a situações muito díspares entre regiões vitivinícolas e a perspetivas divergentes quanto à evolução desta cultura face à vindima anterior.

Salientam-se, ainda assim, os seguintes aspetos relativamente à presente campanha: i) as primeiras fases de desenvolvimento vegetativo decorreram sem problemas de maior, excetuando no interior Centro, onde as geadas e quedas de neve tardias causaram estragos em vinhas já abrolhadas; ii) as condições meteorológicas da primavera promoveram o surgimento de fortes ataques de míldio um pouco por todo o território, obrigando a um reforço de tratamentos fitossanitários; iii) registaram-se estragos provocados pela queda de granizo (interior Centro) e situações de escaldões (interior Norte, Ribatejo e Alentejo), os segundos, em geral, menos penalizadores.

Face a estes cenários, as previsões apontam para uma menor produtividade (diminuições entre 20% e 30%) no interior Norte e Centro, e manutenção ou ligeiros aumentos nas restantes regiões. Globalmente antecipa-se uma diminuição de 5% no rendimento unitário, face à vindima anterior.

Para a uva de mesa, prevê-se um aumento de 5% na produtividade, para valores próximos das 9 toneladas por hectare.

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