Parlamento Europeu rejeita proposta de restrição ou proibição de venda de OGM

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O Parlamento Europeu (PE) rejeitou uma proposta legislativa da Comissão Europeia (CE) que permitia aos Estados-membros restringir ou proibir a venda e utilização no seu território de alimentos ou rações transgénicos autorizados a nível comunitário.

Os eurodeputados acreditam que a norma é praticamente inaplicável e temem que poderia conduzir à reintrodução de controlos fronteiriços entre os países e a favor e contra os organismos geneticamente modificados (OGM).

O Parlamento solicitou à CE que apresente uma nova proposta.

«Com esta votação, enviamos um sinal claro à Comissão. Esta proposta levaria a um retrocesso nos avanços no mercado interno e na união alfandegária», assinalou o presidente da comissão do Meio Ambiente, Giovanni La Via.

Giovanni La Via referiu que não foi feito nenhum estudo sobre os efeitos da proposta, sua compatibilidade com o mercado único e, em especial, a sua viabilidade.

A proposta, que modifica a actual legislação comunitária sobre OGM foi apresentada pela Comissão a 22 de abril de 2015.

O executivo da UE vinculou a sua iniciativa a outra norma vigente desde abril passado que permite aos países proibir o cultivo no seu território de OGM aprovados a nível comunitário.

Mas enquanto o cultivo tem necessariamente lugar dentro do território de um país, o comércio pode envolver a travessia de fronteiras, pelo que o veto de uso e venda pode ser difícil ou impossível de impor sem controlos das importações.

O comissário europeu da Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, adiantou que Bruxelas não vai retirar a sua proposta, que deverá ser discutida pelos ministros dos 28.

Fonte: Agrodigital  

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