Pão aumenta em 2016

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Depois de aumentos moderados, os preços vão subir mais em 2016.

A conta não é certa e depende sempre do local e tipo de produto, mas tendo em conta as expectativas dos empresários da panificação, no próximo ano cada carcaça deverá custar mais cerca de meio cêntimo.

José Francisco Silva, presidente da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP), avançou que o preço do pão terá «pequenos ajustamentos de dois a três por cento em 2016».

As empresas do setor fazem esta atualização tendo em conta os custos agravados da energia e a acualização do salário mínimo para os 530 euros já a partir de janeiro.

«O pão é talvez, dentro do cabaz dos portugueses, o produto mais barato», sublinhou o responsável.

O ano foi difícil para os produtores do leite e para a indústria dos laticínios e 2016 não deverá ser muito diferente.

O embargo da Rússia aos produtos europeus, leite incluído, e a quebra de procura por parte da China provocaram uma descida do preço pago aos produtores, num cenário de aumento de produção.

Nas prateleiras dos supermercados o preço do leite também caiu e está «mais barato do que um café», nota Paulo Costa Leite, secretário-geral da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios.

«Tendo em conta os últimos dados estatísticos e da produção do leite, não há condições objetivas hoje para prever que os preços do leite e dos produtos lácteos possam ter um incremento. No queijo estamos a falar de preços de há 20 anos…», lamenta Paulo Costa Leite, lembrando que além do aumento da produção e da dificuldade em vender na Rússia ou China, há uma quebra generalizada no consumo destes produtos, sobretudo, de leite.

A descida do IVA na restauração de 23 para 13% está nos planos do governo socialista mas o setor já veio avisar que isso não será sinónimo de redução de preços.

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal garante que, nos últimos anos, os empresários não aumentaram os preços e assumiram o agravamento do imposto.

O relatório do grupo de trabalho criado pelo Governo de Passos Coelho para estudar a fiscalidade no setor referia em 2013 que o aumento do IVA foi repercutido «parcialmente» nos preços, que, em 2012, aumentaram em média cinco por cento. Neste cenário, diz o documento, as empresas estiveram sob «uma pressão adicional, em paralelo com a contração verificada no consumo».

A esperada folga que será permitida pela redução do IVA será usada, por exemplo, na contratação de mais trabalhadores.

A fatura mensal das famílias portuguesas que ainda estão no mercado regulado de eletricidade vai subir em média 1,18 euros a partir de janeiro.

Fonte: Público

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