Ministra da Agricultura na abertura oficial da campanha da Pera Rocha

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, participou na abertura oficial da campanha da Pera Rocha, no Cadaval. No pomar, teve oportunidade, logo pela manhã, de apanhar o fruto e observar as boas práticas dos trabalhos agrícolas, seguindo, aliás, as orientações anunciadas pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Agricultura visando minimizar o risco de contágio por Covid-19 nas explorações agrícolas, centrais de embalamento e armazenamento de frutas e legumes.

Pera Rocha

Na Coopval – Cooperativa Agrícola dos Fruticultores do Cadaval – foi possível acompanhar a chegada, embalamento e expedição da Pera Rocha. 

A fileira, com reconhecida capacidade associativa e profissional, tem uma forte procura interna e exporta para vários países 70% da produção, o que representa, nas vendas ao exterior, 81 milhões e 102 milhões de toneladas.

A titular da pasta da Agricultura frisou a importância das organizações de produtores e destacou ainda o papel dos organismos do ministério na abertura de novos mercadores para os produtos portugueses, nomeadamente nas frutas e legumes. «Tudo isto tem sido conseguido com uma grande união de esforços dos agricultores, a par de uma estratégia concertada com o Ministério da Agricultura e cujos efeitos já se fazem sentir. Apesar da crise causada pela pandemia e de todos os efeitos na economia, as exportações do setor agroalimentar subiram 0,4% no primeiro semestre do ano, quando comparado com o mesmo período do ano passado. No caso da Pera Rocha, as exportações aumentaram em valor e volume», referiu.

Maria do Céu Antunes relembrou que, no mês de agosto, vão ser feitos os adiantamentos das ajudas incluídas no Pagamento Único (PU2020), no valor de 112 milhões de euros, dirigido a cerca de 137 mil beneficiários.

Assim, e de acordo com a regulamentação comunitária, será feita uma antecipação extraordinária do pagamento aos agricultores de 70 milhões de euros na medida de apoio à Manutenção da Atividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas, de 31 milhões de euros na medida de apoio à Produção Integrada e de 11 milhões de euros na medida de apoio à Agricultura Biológica, desde que reunidas as condições regulamentares relativas ao controlo prévio ao pagamento.

A antecipação pela primeira vez para agosto destas ajudas «é também uma forma de reconhecimento do papel importante da Agricultura e dos agricultores portugueses, que permitiram que as cadeias de produção e abastecimento em Portugal funcionassem durante todo este tempo difícil e que continuássemos, embora com constrangimentos, a crescer nas exportações», sublinhou a ministra da Agricultura.

Estes pagamentos, co-financiados pelo FEADER, obrigam a uma antecipação das dotações do Orçamento do Estado no valor de cerca de 25 milhões de euros. Por força das circunstâncias decorrentes da situação de pandemia, em 2020 o período de candidaturas prolongou-se, de final de maio até 10 de julho, pelo que só a partir desta data puderam começar os trabalhos que habitualmente se desenvolvem entre maio e outubro.

A Pera Rocha do Oeste foi reconhecida em 2003 como Denominação de Origem Protegida (DOP). O selo garante que a produção se faz num território específico e que todo o seu processo se rege por regras e saberes certificados.

Produz-se por ano, em média, 200 mil toneladas de Pera Rocha, cerca de 70% da produção é canalizada para a exportação o que represente 81 milhões de euros de faturação.

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