McDonald's quer aumentar volume de compras aos produtores nacionais

A McDonald’s quer aumentar o volume de compras feitas aos produtores nacionais para que em «dois ou três anos» passem a representar metade das compras feitas pela cadeia norte-americana para a mais de uma centena de restaurantes. E quer encontrar um fornecedor de carne de frango nacional.

tomate

Há 25 anos quando arrancou a operação no mercado nacional a cadeia norte-americana tinha apenas fornecedores internacionais, hoje são mais de 30 representando as compras a esses fornecedores 40% do total. Ou seja, cerca de 37 milhões de euros.

«Queremos continuar a crescer. O próximo passo é dar o salto para os 50%, algo que apontamos poderá acontecer daqui a dois ou três anos», adianta Jorge Ferraz, diretor-geral da McDonald’s Portugal.

Uma das vias de crescimento poderá ser através do aumento do peso das compras de carne de vaca a produtores nacionais. Neste momento, a McDonald’s já incorpora 57% de carne de vaca vinda de quinta de norte a sul do país; já a carne de porco, usada por exemplo nas bifanas, são 100% de origem portuguesa.

«Queremos encontrar um fornecedor de frango», adianta Jorge Ferraz. Neste momento, o frango consumido em Portugal vem de Espanha.

Saladas, fruta, toppings de fruta, ketchup, tomate fatiado, cebola todos estes produtos já têm origem nacional. A Campotec fornece anualmente 41 toneladas de maça de Alcobaça á cadeia, já cortada e embalada, mas também abacaxi, uvas sem grainha.

Ser fornecedor da cadeia obriga a um rigoroso processo de certificação que oscila entre 6 a 12 meses, mas obtendo a luz verde para ser o mercado nacional o fornecedor poderá passar a exportar para outros mercados onde o gigante norte-americano está presente.

Exemplo disso é o ketchup atualmente servido nos restaurantes. Desde 2014 que a Italagro/grupo Hit fornece ketchup de cozinha e unidoses, o que equivale a um fornecimento anual de mil toneladas de ketchup, cerca de 4,5 toneladas de tomate fresco nacional.

As unidoses são igualmente exportadas para Marrocos, Espanha e França.

O toppings de fruta da Frulact (empresa da Maia) para os sundaes podem também ser saboreados em Marrocos; molhos desenvolvidos pela Mendes Gonçalves da Golegã também podem ser consumidos em Marrocos.

A Panike, que fornece o pão, também já exporta para Espanha.

Fonte: Dinheiro Vivo 

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