Já pensou por onde passam os produtos agrícolas antes de chegarem até si?

Por João Barrona, E-Tutor da formação de gestão agrícola da Master D

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Já alguma vez se pensou, por que processos passou um produto agrícola que lhe chega a casa desde a sua sementeira/plantação ou até mesmo o que está por trás de todo o processo que antecede a produção?

Há todo um processo de planeamento que é fulcral no desenvolvimento dos trabalhos de uma exploração agrícola. Essa planificação é feita com base em previsões ou dados de campanhas anteriores.

No curso de gestão agrícola da Master D devemos encarar o processo de planear como o nosso maior aliado nos negócios que dirigimos ou que almejamos dirigir um dia. Assim, devemos planificar com sentido pois ao planearmos bem a implementação de um projeto ou de um negócio certamente os resultados vão aparecer.

Nesta formação tentamos abordar o processo de gestão com o maior realismo possível do setor, o que implica o recurso à tecnologia e a noção da constante evolução da mesma que permite um grande auxílio ao agricultor pois os custos de produção podem baixar dando ao empresário uma maior rentabilidade, quando dominamos convenientemente a tecnologia resultando numa maior eficiência e eficácia e, por conseguinte será possível ganharmos mais alguns cêntimos em cada kg de produtos agrícolas comercializados.

Um dos grandes problemas que a agricultura tem atravessado está relacionado com o envelhecimento do setor e a falta de renovação e rejuvenescimento da agricultura e de jovens empresários agrícolas. Por seu turno, o setor necessita de fazer mais pela formação de todos os seus intervenientes o que muitas vezes é bastante difícil devido às resistências que os mesmos oferecem.

Apesar de se basear em técnicas ancestrais a agricultura tem evoluído bastante e a ritmos bastante apressados nos últimos anos. Hoje em dia, já é possível produzir muito mais num hectare de terreno do que há 10 anos.

Outra das evoluções existentes ao nível da agricultura, foi a criação de sistemas agrícolas em que não é necessário utilizar o solo mas sim realizar um controlo eficaz dos nutrientes de que a planta precisa para desenvolver. No cultivo sem solo, conseguimos aumentar ainda mais a densidade de plantas por metro quadrado realizando assim um maior aproveitamento do espaço.

Por outro lado, num momento em que existem muitas questões ambientais e em que a eficiência no uso de água é um ponto de grande importância nas atividades agrícolas a tecnologia, aliada ao conhecimento e à investigação que ocorre diariamente relativamente a estes assuntos estamos também a procurar formar e acima de tudo informar todos os intervenientes do setor primário, promovendo boas práticas ambientais, minimização dos riscos de poluição, respeito pelo bem-estar animal e pela saúde das pessoas.

Existe, de facto um longo caminho pela frente que irá demorar muitos anos mas com a chamada de jovens empresários e os apoios que existem disponíveis acreditamos que serão atingidos os objetivos.

Em gestão agrícola muitas vezes devemos encarar cada oportunidade de negócio como mais uma forma de melhorar aquilo que já oferecemos aos nossos consumidores, e acima de tudo um gestor deve também ter a capacidade de olhar para a sua equipa e para as ideias que tem com o intuito de melhorar todo o ambiente interno que o rodeia, ter capacidade de analisar as fraquezas e forças dos que consigo trabalham todos os dias e ouvir com sentido aquilo que têm para lhe dizer.

Manter trabalhadores motivados e manter consumidores satisfeitos é dos maiores desafios a todas as empresas porque como se costuma dizer o difícil não é chegar ao topo mas sim mantermo-nos por lá. Esse é o desafio diário de cada empresário e gestor agrícola. 

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