Mais importações e menos produção e exportação de tomate fresco
O relatório sobre a situação dos mercados agrícolas da União Europeia (UE), correspondente ao verão de 2021, publicado pela Comissão Europeia em julho, apresentou dados preocupantes para o setor do tomate na UE, com uma diminuição da produção de 2% em 2021 face a 2020, uma quebra nas exportações comunitárias de 21% e um crescimento de 7% nas importações, continuando Marrocos a ser o primeiro fornecedor com 70% do total importado.
Segundo a Comissão Europeia (CE), a produção de tomate fresco na UE em 2021 será 5,2% inferior à média dos últimos anos. Destaca-se a queda notável em Espanha, com 10% a menos em 2021 e em França com 2% a menos em relação a 2020.
Juntamente com a produção, as exportações também estão a diminuir. A exportação de tomate fresco da UE tem diminuído desde 2013 e um declínio recorde de 21% é esperado em 2021 em comparação com 2020, situando-se em 350.000 toneladas. O declínio das exportações comunitárias de tomate nos últimos cinco anos foi de 27%. A queda acentuada em 2021 deve-se ao declínio nos embarques para o Reino Unido. De acordo com o relatório da Comissão, foi 37% inferior no período de janeiro a abril de 2021 em comparação com o mesmo período de 2020. O Reino Unido é o primeiro mercado para os exportadores de tomate da UE, com 52% do total.
Pelo contrário, a importação de tomates frescos da UE ascenderá a 664.0000 toneladas, 7% a mais que em 2020. E 18% a mais em relação à média dos últimos cinco anos. A CE destaca o crescimento das compras da Turquia, com 36% a mais no período de janeiro a abril de 2021 em relação ao mesmo período de 2020.
Os relatórios de perspetiva da Comissão Europeia que publica periodicamente são positivos para conhecer a situação dos diferentes setores agrícolas da UE, mas são necessárias medidas para fazer face aos problemas detetados, que vão para além de situações específicas de campanha, como a situação crítica do tomate, de acordo com a FEPEX.
Fonte: FEPEX