Lousã pede ao Governo reforço de medidas para combater vespa velutina

A Câmara da Lousã defende que o combate à vespa velutina exige um «pacote financeiro» específico associado a um reforço das medidas do Governo.

vespa

«Apesar da existência do Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina, face à dimensão dos prejuízos económicos e ambientais e do risco para a segurança pública, a estratégia terá de ser atualizada e a sua ação sustentada com a existência de um pacote financeiro específico», afirma a autarquia em comunicado.

Numa carta enviada ao ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, citada na nota, o executivo presidido por Luís Antunes manifesta-se «preocupado com a vespa velutina» e pede a Capoulas Santos «medidas urgentes» para enfrentar «esta situação de calamidade que coloca em causa a existência da abelha melífera».

O município, no distrito de Coimbra, alerta «para a necessidade de serem implementadas medidas que permitam combater os impactos negativos» da proliferação daquele inseto predador, que «são grandes e diversificados».

O aparecimento de «um grande número de ninhos» na Lousã e concelhos vizinhos «tem afetado de forma muito substancial a produção de mel» com denominação de origem protegida (DOP) Serra da Lousã.

A presença nefasta da vespa velutina e os incêndios de 2017 têm afetado a atividade apícola da região e os produtores de mel DOP enfrentam «sérias dificuldades que não podem ser resolvidas a nível local», segundo a nota.

A gestão da DOP Serra da Lousã está confiada à Cooperativa Lousãmel, em representação do Estado, abrangendo os municípios de Lousã, Miranda do Corvo, Penela, Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Pampilhosa da Serra, Arganil, Góis e Vila Nova de Poiares, nos distritos de Coimbra e Leiria. «Tem havido queixas dos apicultores e de que maneira», declarou à agência Lusa, em agosto, o presidente da Lousãmel, António Carvalho.

Alguns associados «até dizem que desistem» da atividade apícola, acrescentou o produtor. «Muitas colmeias vão ao ar», segundo António Carvalho, que, depois dos incêndios e da instabilidade climática, lamentou mais esta ameaça à produção do mel certificado da Serra da Lousã. A vespa velutina «veio trazer transtornos muito grandes» ao setor, o que obrigará a «alterações no maneio» das colmeias, referiu, há quatro meses.

Fonte: Lusa

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