Investimento em vinhos é o mais apelativo do mercado, sem risco de impacto da inflação

A intenção é manifestada pelo CEO da OENO, empresa especializada em consultoria de investimento em vinhos finos, numa altura em que, mesmo com o impacto direto da inflação em grande parte dos produtos de investimento, o mercado de vinhos continua a crescer exponencialmente. A previsão é, alias, que os retornos assim se mantenham e que o ano de 2023 continue a ser de expansão de portfólio e consolidação de negócios.

De acordo com Michael Doerr, o mercado de vinhos assistiu a um crescimento de quase 200% nos últimos 18 anos, o que provou rentabilidades estáveis entre os 8 e os 12%. Só em Portugal, a OENO conseguiu atingir, no último ano, um retorno médio de 9,2%, ao passo que, a nível global, o retorno foi de 15%. Números bastante positivos, que evidenciam a força do mercado de vinhos finos, que, entre todos os ativos de luxo, se tornam únicos devido ao “seu consumo contínuo”.

"Um relatório recente da Liv-Ex (que reúne índices sobre os vinhos finos mais negociados no mundo) afirma que o vinho fino superou o S&P 500 com um aumento de 13,6% nos últimos 15 anos, em comparação com 7,8% (excluindo dividendos) para o S&P (…) Quando a covid-19 atingiu os mercados pela primeira vez, em fevereiro de 2020, o S&P 500 caiu 25%, enquanto o índice Liv-ex 1000 para vinhos finos caiu apenas 4%”, exemplifica.

Note-se que o mercado de vinhos finos é composto por produtos com um valor comercial muito acima da média, considerados verdadeiros néctares dos deuses, e cujo valor ascende, a nível global, a um total de 380 mil milhões de euros.

Atualmente, o portfólio da OENO ostenta vinhos de todo o mundo, mas detém apenas uma pequena quantidade de vinhos do Porto no seu catálogo de investimento. Uma tendência que a marca espera inverter, disponibilizando, a longo prazo, cerca de duas dezenas de referências nacionais. "Os vinhos portugueses estão no nosso radar. É um caminho a fazer passo a passo”, diz.

A atividade da empresa em Portugal arrancou há pouco mais de um ano e superou, largamente, as expectativas traçadas. O feedback “muito positivo” por parte dos investidores foi imediato, o que levou ao registo de uma carteira de clientes nacionais coesa, capaz de movimentar cerca de cinco milhões de euros.

Depois de um ano memorável no mercado de vinhos, Michael Doerr espera que 2023 continue a ser de expansão no portefólio da empresa, consolidação do negócio em áreas distintas como o comércio de vinhos finos e de whisky e de divulgação destes produtos a investidores, colecionadores e apreciadores, através da abertura de espaços de degustação. Um destes equipamentos será também instalado em Portugal, logo que esteja concluída a estabilização dos preços no mercado imobiliário.

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