InovMilho publica nova Agenda de Inovação
O InovMilho - Centro Nacional de Competências das Culturas do Milho e Sorgo promoveu, ao longo dos últimos dois anos, diversas reuniões de trabalho e dias de campo, em que participaram parceiros deste Centro de Competências, de forma a elaborar a sua Agenda de Inovação para os próximos anos.
As acções identificadas carecem agora de financiamento no âmbito do actual e do futuro Programa de Desenvolvimento Rural (PDR), sob pena de não alcançar um dos objetivos propostos no âmbito da Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais, que passa por contribuir para uma maior competitividade técnica e económica dos produtores nacionais de milho e sorgo, de forma a aumentar o grau de auto-aprovisionamento em cereais do país.
O aumento da quantidade e qualidade da produção primária em Portugal, bem como a sua valorização, têm como maiores obstáculos as características climáticas do território; a disparidade no acesso ao regadio; a escassez de água; o agravamento das alterações climáticas; a emergência de novas doenças e pragas; os custos dos factores de produção; o impacto da diversidade edáfica portuguesa; a fragmentação da posse do território e a reduzida dimensão das explorações; a formação dos recursos humanos afetos à produção; a deficiente capacidade associativa de alguns setores; a pouca incorporação de tecnologia no melhoramento vegetal ainda visível em alguns setores; a desertificação territorial, nomeadamente no interior e o envelhecimento das populações nas zonas rurais; a perda da biodiversidade natural e agrícola associada em parte à desertificação; e a inconstância das estratégias de desenvolvimento agrícola e do mundo rural português em geral.
Apesar do excelente desempenho do setor agroalimentar no mercado global, a indústria agroalimentar europeia, na qual se inclui a portuguesa, enfrenta atualmente um conjunto de desafios que poderá condicionar a sua evolução e competitividade. A globalização dos mercados bem como a alteração dos padrões e necessidades dos consumidores exigem novas e inovadoras soluções.
Fenómenos como o crescimento da população mundial, as alterações climáticas, o surgimento de doenças emergentes, a escassez de água, aliados à urbanização, à instabilidade política ou à desigualdade de rendimentos, afetam naturalmente a disponibilidade, o acesso e a segurança de produtos com o consequente impato na indústria agroalimentar.
O uso eficiente dos recursos e das matérias-primas será privilegiado, num quadro previsível de alterações climáticas, priorizando os sectores que produzem alimentos de forma mais sustentável. Tendo em conta a dimensão do mercado português, a investigação e inovação deverão ser orientadas para responder às exigências do mesmo, mas também, considerando a estratégia de internacionalização do setores agroalimentar e a necessidade do incremento das exportações, que assumem um papel preponderante para o desenvolvimento e o seu sucesso.
Segundo o documento agora publicado, perante o atual contexto é especialmente importante que os recursos alocados à investigação, experimentação e inovação sejam canalizados para áreas que contribuam tanto para o aumento da produção agrícola interna como da sua qualidade, tendo por base os seguintes eixos estratégicos:
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Produção de alimentos;
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Recursos genéticos vegetais e biotecnologia;
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Recursos naturais (solo, água, ar e biodiversidade);
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Fitotecnia e proteção das culturas;
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Adaptação às alterações climáticas dos sistemas agrícolas.
Já é possível consultar a Agenda de Inovação InovMilho para ficar a saber mais sobre estas medidas.
O Centro Nacional de Competências das Culturas do Milho e Sorgo foi constituído em setembro de 2016, numa iniciativa que partiu da ANPROMIS (Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo), em colaboração com o INIAV (Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária) e a Câmara Municipal de Coruche. O projeto é, atualmente, formado por 34 entidades parceiras, que traduzem desta forma a forte dinâmica deste Centro de Competências.
