Indústria portuguesa vai aumentar 15% as exportações de peixe para 1.250 milhões
O pescado é hoje o produto endógeno português com mais peso nas exportações do país, à frente do vinho, do azeite e dos hortícolas. A aposta na qualidade do produto e na internacionalização das empresas, assim como no turismo, explicam o aumento da procura internacional. Em Barcelona, de 25 a 27 de abril, Portugal vai ter a maior representação de sempre na mais importante feira mundial do setor.
A indústria alimentar portuguesa do mar vai ter a maior representação de sempre na Seafood Expo Global, a maior feira de peixe do mundo, que se realiza pelo segundo ano consecutivo em Barcelona de dia 25 a 27 de abril. São 18 os grupos empresariais presentes, representando todo o país, do Minho até ao Algarve e às ilhas, e todos os subsetores: pesca, portos, unidades fabris, aquacultura, comercialização.
“O setor do pescado português continua todos os anos a aumentar o seu peso económico no país e, sobretudo, as suas exportações: exportámos mais de 1.100 milhões de euros em 2022 e, para 2023, prevemos um aumentoque pode ir até aos 15%, ultrapassando os 1.250 milhões”, afirma Manuel Tarré, presidente da Associação da Indústria Alimentar pelo Frio – ALIF em representação da Gelpeixe. “Neste crescimento tem desempenhado um papel muito importante a presença constante da indústria portuguesa nas grandes feiras internacionais, como é o caso da Seafood Expo Global, de uma forma cada vez mais qualificada”.
O pescado português é atualmente o produto agroalimentar com mais peso nas exportações do país, seguido do vinho, do azeite e dos hortícolas. A fileira – que inclui a pesca, a aquacultura e a transformação do pescado – emprega 60 mil pessoas, gera anualmente um volume de exportações superior a 1.100 milhões de euros e representa, segundo a ALIF; um Valor Acrescentado Bruto (VAB) de 1,7 mil milhões de euros.
A representação que este mês irá estar presente em Barcelona (até 2021 a Seafood Expo Global realizava-se em Bruxelas) contará com o maior espaço expositivo alguma vez reservado para a indústria lusa: 464 metros quadrados no Hall 4, bem no centro da feira. Segundo a ALIF, as empresas portuguesas da fileira do pescado têm sabido tirar partido do aumento global da procura por produtos ligados à economia do mar ao longo da última década. Esse aumento da procura está em linha com a crescente preocupação dos consumidores com a sua alimentação e saúde.
“A boa performance da indústria alimentar do mar assenta na qualificação dos seus processos, que se tornaram ambientalmente sustentáveis, e na cada vez maior qualidade nutritiva e gastronómica dos peixes utilizados”, afirma Manuel Tarré. “Tem sido também muito importante o processo de internacionalização de várias empresas nacionais e a sua capacidade para se tornarem competitivas no mercado global”.
Para o presidente da ALIF uma das chaves do sucesso tem sido o aumento consistente das visitas turísticas a Portugal. “Temos registado que as vendas têm crescido nos principais mercados emissores de turistas para Portugal”, afirma Manuel Tarré. “Depois de visitarem Portugal e de terem contacto direto com a qualidade do peixe no nosso país, os turistas passam a encarar o produto português com outros olhos e a procurá-lo nos sítios onde vivem”.
É em países como a Espanha, a França ou a Itália que, segundo os dados da ALIF, a qualidade do produto português se tem afirmado todos os anos através do aumento de vendas, assim como a reputação de fiabilidade e de capacidade de resposta das empresas portuguesas.
Listas das empresas portuguesas presentes
Riberalves
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Marcabo
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Lurdes Narciso
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Soguima
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Mar-Ibérica
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Congelados Moreira
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Coelho & Dias
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Grupo Frip
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Gelpeixe
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Luis Silvério & Filhos
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Nigel
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Ilhapeixe
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Rui Costa e Sousa & Irmãos
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Frijobel
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Gialmar
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Coopaqua
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Docapesca
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Lotaçor
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