III Congresso Internacional de Avicultura contou com mais de 250 congressistas

O sucesso das primeiras duas edições levou-nos até ao AVIS’23 que é já a 3ª edição do AVIS, nos passados dias 4 e 5 de maio, com o apoio da Escola Superior Agrária de Viseu, no Instituto Politécnico da bela cidade de Viseu, numa região onde temos uma grande concentração de explorações avícolas, trazendo para junto da produção esta reunião de discussão em torno do setor.

Como ideia geral positiva, verificámos um entendimento generalizado sobre os aspetos mais importantes (dificuldades, ameaças, oportunidades e vantagens) associados ao setor. Em relação ao futuro da avicultura foi reforçada a importância da análise das recomendações da EFSA, o enquadramento da produção relativamente aos desafios societais e da humanidade, nomeadamente o impacto da guerra na Ucrânia e da pandemia COVID-19, que evidenciam como nada está garantido. Neste sentido, o setor da avicultura está na linha da frente na capacidade de mudança, resiliência reajustando suas premissas.

Abordaram-se as oportunidades alimentares, enfatizando a evolução que se pretende na valorização de novas fontes proteicas e a gestão de cadeias logísticas curtas. Foram evidenciados novos desafios de sistemas alternativos de produção de ovos e a necessidade de aferição dos processos de maneio. Destacou-se a importância contínua da utilização de características associadas à saúde e bem-estar animal nos programas de melhoramento genético em avicultura. Apresentaram-se radiografias e aspetos gerais de maneio em perus e patos em Portugal.

Foram, ainda, abordadas tecnologias não invasivas e demonstrada a sua fundamental importância na adoção de estratégias de sexagem in-ovo como paradigma de produção de ovos. A ambiência em produção de aves, bem como a legislação e certificação de bem-estar animal tiveram enquadramento geral como meios de gestão e controlo produtivo.

A importância da profilaxia através da adoção de novas vacinas (nomeadamente da gripe aviária de alta patogenicidade), o aumento do conhecimento para a modulação do microbioma e saúde intestinal e o suporte de novas tecnologias de diagnóstico no controlo de patologias e deteção de antibióticos foram referidos. Foi mencionada a importância da digitalização e da utilização da inteligência artificial no apoio à decisão para o aumento da produtividade com melhor bem-estar e saúde animal. Foi, também, analisada a visão dos consumidores e as suas exigências para os produtos originados neste setor; o desenvolvimento de produtos de valor acrescentado; e a evolução nos controlos oficiais das cadeias de valor foram enquadrados na necessidade de avaliação sistemática dos processos produtivos como suporte para a comunicação real objetiva e científica à sociedade (consumidores).

Para além do vasto programa científico, acreditámos que um dos pontos altos do AVIS’23, foi a simbólica homenagem que prestámos ao Professor Manuel Chaveiro Soares, a quem entregamos a distinção de Sócio Honorário da APEZ e para quem executamos um livro com testemunhos de familiares e pessoas próximas.

Estivemos, ainda, reunidos à mesa, no Jantar AVIS’23, realizado na Quinta da Magarenha, para fomentar a permuta de ideias.

O AVIS’23 contou com mais de 250 congressistas, apoio de cerca de 35 empresas e instituições e a presença de 33 oradores nacionais e internacionais.  

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