IBR de Guimarães tem sido importante para a nova agricultura do século XXI

Domingos Bragança, no final da Reunião de Câmara, falou aos jornalistas sobre a importância da Incubadora de Base Rural para a inovação no setor agrícola.

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No final da reunião do Executivo Municipal, que teve lugar na semana passada, o Presidente da Câmara Municipal Domingos Bragança, na habitual conferência de imprensa, evidenciou o contributo que a Incubadora de Base Rural de Guimarães tem dado para uma mudança de mentalidades e atitudes em relação ao setor agrícola, nomeadamente na promoção e divulgação de uma nova abordagem cultural e de estatuto social.

«A agricultura é hoje inovação, saber e especialização. Há uma consciência ecológica e um número cada vez maior de jovens que se têm mostrado interessados no setor. Sem dúvida que, em termos económicos, a agricultura, hoje, não é olhada como uma atividade menor, antes pelo contrário. Esta mudança de atitude, em Guimarães, deve-se muito à IBR Guimarães», referiu Domingos Bragança.

O edil salientou a participação da Universidade do Minho e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, atribuindo-lhes neste novo paradigma uma grande quota parte de responsabilidade: «dentro destas instituições há comunicação a circular e saber a produzir-se para que os jovens, na atualidade, vejam uma oportunidade na agricultura como um campo fértil para a inovação e preocupações ambientais. O caso da passagem da agricultura tradicional para a agricultura biológica é um exemplo das dinâmicas geradas no seio das instituições de investigação», disse.

Domingos Bragança foi claro quanto aos princípios e objetivos da IBR Guimarães: «a Incubadora de Base Rural assenta em duas componentes distintas. A Bolsa de Terras sistematiza os terrenos privados disponíveis para arrendamento, para que sejam colocados à disposição dos projetos em incubação. Cabe depois ao proprietário fixar o preço de arrendamento. O Banco de Terras trata-se de um conjunto de terrenos propriedade da Câmara Municipal. Com esses, há uma preocupação social associada e/ou ambiental pois serão cedidos a quem evidencie carências económicas que não impossibilitam o alavancar da sua ideia de negócio. É nesse nível de apoio social que a Câmara intervém. Não podemos prejudicar quem já está no terreno há mais tempo, distribuindo terras sem critério. A isso chama-se equidade».

O Presidente da Câmara informou ainda que, sendo possível, a Câmara adquirirá os terrenos da Veiga de Creixomil e ainda uma parcela, de cerca de 10 hectares, na Quinta de Minotes, na zona próxima da cidade.

Salientou ainda o facto de, desde 2014, as taxas associadas à atividade terem reduzido em cerca de 50%, estando previsto para 2019 um aumento dos apoios concedidos ao setor que poderá equacionar a isenção total do pagamento de taxas. 

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